O que um astronauta vê quando passa um ano no espaço

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Durante 340 dias, Scott Kelly viveu no espaço, mais concretamente a bordo da Estação Espacial Internacional, e tornou-se no norte-americano que mais tempo passou em órbita. O recorde — partilhado com o cosmonauta russo Mikhail Kornienko — foi alcançado como parte de um programa das agências espaciais NASA e Roscosmos para estudar o impacto biomédico e fisiológico de estadias espaciais de longa duração. O objectivo é perceber que desafios os astronautas teriam que enfrentar numa futura missão tripulada a Marte, com uma duração estimada de 30 meses. O norte-americano regressou à Terra a 2 de Março e desde então tem feito testes médicos e físicos para que os investigadores da NASA percebam o que aconteceu ao seu corpo durante o tempo em que viveu num ambiente sem gravidade. A comparação será feita com Mark Kelly, o irmão gémeo — um antigo astronauta da NASA, já reformado — que ficou nos Estados Unidos. Para já sabe-se que Scott cresceu cinco centímetros, mas a vantagem face ao irmão é temporária. “Os astronautas crescem no espaço à medida que a coluna alonga”, explicou Jeff Williams, da NASA, à CNN. Após algum tempo na Terra é esperado que regressem à altura anterior, garantiu. Das janelas da Estação Espacial Internacional — um satélite artificial habitável em órbita —, Scott aproveitou para fotografar a Terra. As imagens que recolheu e partilhou no Instagram, onde tem mais de um milhão de seguidores, são impressionantes: desertos, praias paradisíacas, nuvens, montanhas, auroras boreais. E nem uma fotografia dos próprios pés poderia faltar, com a particularidade de ter um enquadramento único. AMH