Quando Paulo Grangeon teve esta ideia, 1600 pandas viviam no seu habitat natural. A contagem mudou, mas o artista francês continua a viajar na companhia de 1600 animais moldados em papel-machê. "Não são os únicos animais que precisam de ajuda", sublinha Paulo, em colaboração com o World Wildlife Fund — cujo logótipo é um urso panda. "Se fizesse a instalação com cobras ninguém viria e não se falaria do tema, mas as cobras também precisam de nós", acrescenta o artista, que acredita que o número "1600" pode subir para "2000" dentro de vinte anos. "A fêmea só pode acasalar um dia por ano. Se nesse dia o macho está com sono, teremos que esperar um ano ou mais". Os pandas visitaram cidades como Paris e Roma antes da digressão por dez cidades asiáticas. Cada vez que termina uma exposição, alguns pandas são "adoptados" por visitantes (e são fabricados outros tantos) e outros têm que passar pelo "hospital de pandas" para serem retocados. Tudo pela preservação da espécie.