A vida de uma cidade pendurada nos estendais lisboetas

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O estilo e a intimidade, a rotina e a vida de uma cidade — tudo pendurado numa corda. Começou em Março de 2013, em pleno Bairro Alto. É pelo menos esse o início no Instagram do projecto #estendaislisboetas, que há muito tempo pairava na cabeça de Tânia. "Um estendal conta uma história sobre o seu dono e todas essas histórias somadas são a alma desta cidade. E Lisboa é uma cidade com muita alma", conta ao P3 a criadora de uma etiqueta daquelas que nesta rede social vão servindo de documento antropológico — assim como #tampa_ferro_fundido, #mosaicohidraulico e #caixasdecorreiolisboetas, esta também criada por @taniamcnh. "Lisboa não é uma, são muitas Lisboas. É esta pluralidade lisboeta que surge refletida em detalhes, sejam eles caixas de correio ou estendais", resume Tânia, "lisboeta não de criação, mas por adoção". "Nesta cidade, que agora é minha, descubro a cada momento uma particularidade que é também parte da sua identidade. É esta necessidade de conhecer a minha Lisboa que me leva a, sempre que posso, explorar todos os seus recantos: a identidade de Lisboa é também a minha".