Aqui há gatos gigantes por toda a parte — e todos acham normal
Na praia ou em Times Square, as obras do norte-americano Matt McCarthy mostram um mundo igual ao nosso, à excepção dos gatos gigantes que nos barram o caminho.
Encontrar um gato gigante a descansar no areal não é comum e ver uma pata felina a perfurar o planeta Terra muito menos. No entanto, quando se trata das obras surrealistas de Matt McCarthy, tudo isto é possível. Para o artista, que procura inspiração nestes animais desde 2018, os felinos são um objecto de criação versátil e encaixam nas mais variadas situações e locais. “Sou dos que gosta de gatos e acho as personalidades deles infinitamente fascinantes”, começa por explicar ao P3.
Encontrar imagens é simples: primeiro escolhe o animal e depois o ambiente onde este vai estar. Depois de combinar as duas fotografias no Photoshop, passamos a ver gatos citadinos a espreitarem por entre os corpos que passam por Times Square, em Nova Iorque. Enquanto isto, os felinos rurais descansam no meio dos prados, jardins ou viadutos.
“Tenho muitos favoritos, mas o mais recente chama-se Piazza del Atticus e inclui o meu próprio gato, Atticus, esticado em Milão. Raramente o uso nas minhas obras, mas tirei uma bela fotografia dele numa das nossas caminhadas e isso inspirou-me a criar esse trabalho”, revela.
Criar cada peça tanto pode demorar poucos minutos como algumas semanas. Tudo depende “da prática” e dos “detalhes e mudanças que seja preciso fazer à imagem”, destaca. Para as pessoas convidadas a viver no mundo dos gatos, tudo isto é normal.
Por outro lado, quando precisa de uma pausa, o artista torna-se escritor e, em conjunto com a mulher, escreve guiões de terror — acrescentando, é claro, felinos às histórias. Em Kitty's Like, o mais recente, “um casal tenta interpretar o que o novo gato está a tentar dizer”, adianta, sinalizando que nenhum dos dois está preparado para ouvir o que o animal tem para contar.
Desde que começou, Matt acredita já ter feito mais de mil colagens, “nem todas obras-primas”, afirma, mas suficientes para terem sucesso nas redes sociais. "As minhas obras surreais oferecem às pessoas uma oportunidade de habitarem um mundo como o nosso, mas com gatos gigantes por todo o lado", conclui.