Estes judocas despiram-se para “ajudar os estudantes”

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Nos últimos tempos, Nuno Gonçalves, professor de judo na Universidade do Minho e fotógrafo, começou a reparar que cada vez mais alunos lhe pediam para facilitar o pagamento da mensalidade, obrigatório para praticar a modalidade. "Se podia ser no final do mês, se podiam pagar tudo junto", conta, ao telefone com o P3. Este padrão deu-lhe o mote para se dedicar a uma ideia que acalentava há alguns anos — fazer um calendário solidário com modelos nus. "Surgiu então uma causa com a qual nós podíamos trabalhar", relata Nuno, que também trabalha no gabinete de comunicação dos serviços de acção social da instituição. Desafiou assim os seus judocas, actuais e antigos alunos da universidade, a despirem os fatos e a serem fotografados nus para um calendário, cujas vendas revertem a favor do Fundo Social de Emergência que se destina "aos estudantes que, por alguma razão, não conseguem aceder às bolsas de acção social". A resposta foi tão positiva que Nuno nem teve de "tirar a roupa". "Apareceram logo 12 judocas." Dez rapazes e duas raparigas que foram fotografados em cenários que têm a ver com o desporto e com cada um (sim, o Mister Dezembro é "um grande fã da 'Guerra das Estrelas'"). O calendário, que contou com vários patrocínios e o apoio da Associação Académica, está para já à venda nos gabinetes de apoio ao estudante da U. Minho e custa cinco euros, mas a procura tem sido tanta que já estão a ser equacionadas outras alternativas de venda. E, provavelmente, uma nova tiragem: numa primeira fase, foram impressos 400 exemplares, o que renderá cerca de dois mil euros (fora um ou outro exemplar para arquivo e comunicação). "O nosso objectivo principal com este projecto é ajudar os estudantes." AR