A costureira que lhes faz as vestes, o altar onde as cerimónias de “naturalização” decorrem, as reuniões, as demonstrações públicas e outros tantos momentos quotidianos dos membros do Ku Klux Klan. Embora o tema já tivesse sido abordado por outros autores, Anthony S. Karen sentia que esses trabalhos dependiam de “sensacionalismo e um enfoque principal no evidente — as vestes e a cerimónia de iluminação da cruz”. Decidiu investigar estas organizações de um ponto de vista mais simples e mais íntimo, livre dos estereótipos. Assim, começou a fotografar o Ku Klux Klan em 2005, projecto que continuou durante oito anos. Este não terá sido um “fim definitivo” estando em aberto a possibilidade de continuar a documentar a organização de maneira a “manter o assunto actual”. Anthony Karen é um ex membro dos US Marine Corps e guarda costas convertido em fotojornalista, que vive em Nova Iorque. Tem desenvolvido ao longo dos anos diversos projectos fotográficos que exploram realidades menos exploradas ou contempladas, desde peregrinações a rituais vodu.