Paredes de Coura: aqui há bicho

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Aqui há bicho (e talvez gato). Vemos um colorido papagaio com olhos de lince a espiar a vizinhança e um musculado unicórnio a nadar. Vemos um tigre de óculos de sol e, em pleno Rio Coura, crocodilos que até podem ter acompanhado Mac DeMarco no palco do Vodafone Paredes de Coura ou arriscado voos picados no grande mar do festival. Nunca, em Coura, houve tanto bicho — e não falamos das tradicionais vespas, melgas e companhia. Na edição de 2014, eles, furtivos, bichos carpinteiros, de plástico ou peluche, ocuparam o palco, inspiraram textos e fotografias, inscreveram-se na nossa memória de elefante. Foi esta "animália couriana" que o fotógrafo António Pedrosa retratou, à luz da colaboração do Instituto Português de Fotografia com o festival. Nuno Ricou Salvado fez uma viagem gastronómica pelo campismo, Douglas Rogerson documentou a tendência "plastic hippie" e João Fitas esteve atento às bandas que não descolam do corpo.