Slutwalk: marchar pelo direito à sensualidade

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Cerca de três dezenas de pessoas percorreram este domingo as ruas de Lisboa, entre o Largo de Camões e o Martim Moniz, trazendo mensagens escritas no próprio corpo. "Ser fácil não é fácil." “Não é não.” “Não me digam o que vestir, digam aos homens para não violarem.” Davam voz a um movimento internacional: as chamadas Slutwalks, marchas motivadas pelo facto de, em Janeiro de 2011, um polícia canadiano ter justificado a agressão sexual de uma mulher com a forma como ela estava vestida. A exemplo do que aconteceu no Porto, no sábado, a manifestação lisboeta tinha uma mensagem muito clara: cada um tem o direito de vestir o que bem entender, sem que essa liberdade sirva de justificação para assédio ou violação. “Estas manifestações são precisamente para que possa existir uma liberdade de circulação no espaço público da parte das pessoas, a expressão da sua sensualidade, a sua liberdade sexual, sem se sentirem ameaçadas, com segurança, ou seja, promover uma cultura do consentimento, do diálogo e do respeito”, explicou à Lusa uma das manifestantes, Anabela Rocha.