Três golos de Jonas descomplicam tudo na Madeira

Brasileiro desbloqueou uma partida que chegou a parecer complicada para o Benfica e em que o nevoeiro voltou a ameaçar.

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Jonas marcou três golos no terreno do Nacional Rui Silva/AFP

Foi com uma goleada frente ao Nacional, na Madeira, que o Benfica encerrou a primeira volta do campeonato. Três golos de Jonas desbloquearam uma partida que chegou a prometer complicações para os lisboetas, mas o triunfo acabou por ser folgado: 4-1. Os “encarnados” mantiveram-se colados ao FC Porto no segundo lugar, ambos a quatro pontos de distância do líder Sporting. Somam agora 40 pontos, menos seis do que na temporada passada que rendeu o título, mas com o mesmo registo de há dois anos, quando também foram campeões, com Jorge Jesus ao comando.

Após um arranque em falso no domingo, com a partida da Choupana a ser interrompida pouco depois dos sete minutos devido ao nevoeiro cerrado, as duas equipas voltaram a encontrar-se ao final da manhã desta segunda-feira para concluir o compromisso. O curto adiamento fez bem ao Benfica, que entrou bem melhor no encontro do que acontecera na véspera. Jonas inaugurou o marcador, aos 23’, mas o Nacional recompôs-se e chegou à igualdade a abrir a segunda metade. Os insulares até quiseram algo mais, mas os contra-golpes dos “encarnados” foram fatais, com o líder dos melhores marcadores do campeonato a consolidar o estatuto com mais duas grandes finalizações. Mitroglou fechou a contagem numa altura em que os madeirenses já haviam baixado os braços.

O resultado acaba por ser melhor do que a exibição do Benfica, que teve oscilações drásticas ao longo da partida. Os lisboetas entraram determinados, transformando um canto do Nacional, que iniciou o reatamento do jogo, num perigoso contra-ataque iniciado e finalizado por Carcela que permitiu a intervenção do guarda-redes Rui Silva. Estava dado o mote que iria culminar com o golo inaugural. Pressão alta, rapidez, posse de bola e qualidade no passe marcaram a exibição “encarnada” nesta fase, em que funcionou com particular destaque a sua ala esquerda.

Do lado canhoto surgiu um cruzamento de Renato Sanches para a pequena área, aos 22’, com Jonas a falhar incrivelmente o desvio, atirando por cima. E foi desta ala que surgiu também, um minuto depois, um novo cruzamento desta vez do dinâmico Carcela, de novo para o avançado brasileiro que agora não desperdiçou, cabeceando à vontade para as redes nacionalistas. Os insulares estavam encostados às cordas.

Mas quando se esperava que o Benfica prosseguisse o cerco ao adversário para alcançar uma vantagem mais confortável, ocorreu o oposto. A equipa de Rui Vitória baixou o seu bloco e suavizou a agressividade logo na primeira fase de construção dos madeirenses, que não tinham melhor opção do que procurar um futebol mais directo para aliviar a pressão e procurar aproximar-se da área visitante. Face à nova realidade, Manuel Machado arriscou, aos 37’, trocando um central (Rui Correia) por um médio mais ofensivo (Jota), recuando Ghazal para o centro da defesa. Desta forma, inverteu o triângulo do meio-campo, onde começou com um duplo pivot.

O Nacional foi avançando no terreno, aceitando a iniciativa concedida pelos “encarnados” e consegu criar um par de oportunidades, mas com pouco perigo para Júlio César. A equipa da casa começou a acreditar e entrou melhor na segunda metade, instalando-se no meio-campo benfiquista até alcançar o golo, cinco minutos após o reatamento. Um cruzamento de João Aurélio foi encarado com alguma parcimónia pela defesa lisboeta, que se atrapalhou e não conseguiu retirar a bola da zona perigosa, acabando esta por sobrar para Soares que assinou o empate.

O Benfica passava por dificuldades e a partida complicava-se, mas voltou a entrar no palco principal Jonas. Primeiro, aos 57’, a um cruzamento de Raul Jiménez, na esquerda, concluiu na perfeição um remate à meia-volta; depois, aos 63’, outro cruzamento largo, desta vez da direita, foi desviado pela cabeça do brasileiro novamente para as redes. O Nacional viu esfumarem-se em seis minutos as esperanças de um resultado positivo e desmoralizou, como ficou evidente quando Soares desaproveitou um erro de Fejsa, que lhe colocou a bola nos pés à entrada da área, aos 77’. O avançado insular rematou ao lado.

Tudo estava resolvido na Choupana e o golo de Mitroglou em cima do final só confirmou o desfecho, que acabou por ser demasiado pesado para os madeirenses.

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