Boavista continua a sua boa segunda volta, agora com empate contra o Sp. Braga
Os boavisteiros afastaram-se do último lugar e alcançaram o antepenúltimo da classificação.
O Boavista manteve neste domingo o seu registo positivo na segunda volta da I Liga portuguesa, ao empatar sem golos com o Sporting de Braga, num encontro da 20.ª jornada disputado no Estádio do Bessa, no Porto.
Depois de duas vitórias, em casa com o Vitória de Setúbal (4-0) e fora com o Tondela (2-1), os "axadrezados" somaram mais um ponto, afastando-se ainda mais do último lugar e subindo ao 16.º, com os mesmos 17 pontos da Académica.
Num jogo muito equilibrado, o Sp. Braga teve as mais perigosas ocasiões de golo: a primeira foi aos 65 minutos, num lance em que Hackmam substituiu o seu guarda-redes e evitou que Josué marcasse, e a segunda nos últimos segundos, quando Mika defendeu com a mão direita uma remate de cabeça de Arghus que tinha selo de golo.
O Sporting de Braga iniciou o jogo com Josué no "onze" e Rafa no banco e o Boavista, tal como Sánchez anunciara no lançamento deste jogo, apresentou um meio-campo com Hackman no lugar do castigado Reuben Gabriel.
Numa primeira parte muito táctica, o Boavista jogou pelo seguro e apresentou-se com um sólido dispositivo defensivo, composto por duas linhas de quatro jogadores. Os bracarenses, manietados a meio-campo, raramente conseguiram ameaçar Mika.
É verdade que, tal como se esperava, o Sp. Braga mostrou qualidade no passe e isso permitiu-lhe ter muito mais bola e obrigar os boavisteiros a correr atrás dela.
Aos 26 minutos, o Sp. Braga pediu, em vão, grande penalidade, por suposta carga irregular sobre Boly e num dos raros momentos em que logrou aproximar-se com algum perigo da baliza contrária.
Acabou por ser do Boavista a melhor ocasião de golo da primeira parte, já nos descontos, quando Luisinho cruzou e a bola sobrou para Renato Santos, que, em plena área bracarense, rematou forte uma vez e depois outra e só não marcou porque a defesa adversária rechaçou a bola.
Ao intervalo, Rafa ficou no relvado a fazer exercícios, num sinal claro de que Paulo Fonseca não estava satisfeito com o desenrolar dos acontecimentos e com a incapacidade da sua equipa para furar a bem organizada muralha defensiva "axadrezada".
Rafa não entrou logo no início da segunda parte, que mostrou um Sp. Braga intranquilo e um Boavista paciente, um pouco mais atrevido e que tentou tirar partido de algumas facilidades que o adversário concedeu nos momentos iniciais desse período.
Rafa foi para o jogo aos 53 minutos, mas foi o Boavista que voltou com perigo à área bracarense, através de um cruzamento de Tiago Mesquita, que Iriberri aproveitou rematando para uma defesa corajosa de Marafona. Luisinho ainda marcou, mas em fora de jogo.
Aos 65 minutos, Josué, reforço de Inverno do conjunto "arsenalista", isolou-se, fez um chapéu a Mika e só não marcou porque Hackam substituiu o seu guarda-redes.
O encontro continuou vivo, mas já não foi como no primeiro tempo, em que o Sp. Braga teve um grande, mas infrutífero, domínio territorial.
O Boavista da segunda parte foi mais atrevido, tendo ido muitas mais vezes à grande área contrária, como sucedeu aos 72 minutos, numa combinação entre Tiago Mesquita e Renato Santos, e aos 79', neste caso num lance que terminou com a expulsão de André Pinto.
O segundo desses lances começou com um lançamento longo de Philipe Sampaio, prosseguiu com um duelo entre José Manuel e André Pinto e acabou com o avançado boavisteiro derrubado pelo central bracarense quando seguia para a baliza de Marafona.
O árbitro correu para o central do Sp. Braga e mostrou-lhe o cartão vermelho e pouco depois expulsou também Paulo Fonseca, alegadamente devido a protestos.
Daí para a frente, o Sp. Braga resguardou-se, mas foi Mika que mesmo sobre a hora fez a defesa a noite e segurou o empate para a sua equipa, desviando a bola cabeceada por Arghus.