Fonte governamental indica que se a coligação - considerada o braço político da organização separatista basca ETA - for incluída na lista da UE, ficará determinado que em "todos os territórios europeus seja cortado o financiamento à organização".

"O Governo vai tentar mais uma vez incluir o Batasuna na lista europeia de grupos terroristas, no final de Dezembro, aquado da transferência da presidência da UE, quando a lista for renovada", explicou a mesma fonte, sob anonimato.

O Governo de José Maria Aznar tentou sem sucesso convencer os seus parceiros comunitários a inscrever o Batasuna na primeira lista europeia de organizações terroristas no final do ano passado.

Para Madrid, a ordem do juiz Baltasar Garzón de suspender todas as actividades do partido durante os próximos três anos serve de base legal para sustentar o seu pedido, dado que se coloca em evidência que a ETA e o Batasuna estão relacionados.

O Executivo espanhol prevê que a renovação da lista de grupos de terroristas em Dezembro pela União Europeia coincidirá com a eventual decisão de interditar o Batasuna pelo Supremo Tribunal espanhol.

A lista da UE inclui desde o ano passado a ETA, bem como outros grupos afectos à organização basca.

Os deputados espanhóis votaram numa sessão extrordinária uma moção exigindo ao Governo que pressione o Supremo Tribunal a decretar a interdição do Batasuna, horas depois de o juiz Garzón avançar com a ordem de suspensão das actividades da coligação. Durante os últimos dois dias, a polícia desocupou as sedes do partido e encerrou todos os locais associados à coligação.

Entre os grupos que incluem a lista da UE contam-se o Continuity Irish Republican Army (CIRA), o Real IRA, a Organização Revolucionária do 17 de Novembro, a Organização de Segurança Externa do Hezbollah, entre outros.