O silêncio na escrita do massacre: Despedidas Impossíveis, de Han Kang, Nobel da Literatura
O primeiro romance da sul-coreana publicado por cá depois do Nobel é mais uma escrita sobre o trauma. Traz o corpo, o feminino, as sombras, o lírico, mas algum ruído no relato do luto colectivo.
O Nobel raramente encontra o premiado no que se pode chamar o auge da sua carreira ou da sua obra. Uma excepção aconteceu há não muito tempo com a polaca Olga Tokarczuk (n. 1962), premiada em 2018. Tokarczuk tinha 54 anos e os livros recém-publicados, bem como os que imediatamente se seguiram, sofreram o “efeito Nobel”, com traduções um pouco por todo o mundo, digressões internacionais, a projecção ainda esperada depois da decisão da Academia Sueca. Um mês depois de ter vencido o Booker com Viagens, o Nobel apanhou-a no pleno.
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