Prestes a regressar como primeira-dama, Melania Trump ganha destaque com novo documentário

O filme, previsto estrear no fim deste ano, é anunciado como uma “visão sem precedentes dos bastidores” da vida da primeira-dama.

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Donald Trump, com Melania Trump e o filho de ambos, Barron, após a revelação dos primeiros resultados eleitorais de Novembro último Carlos Barria/REUTERS
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Donald Trump está de volta à Casa Branca e, com ele, Melania Trump novamente como primeira-dama. Mas, agora, a antiga modelo parece decidida a desempenhar um papel mais relevante ao longo dos próximos quatro anos. E, pouco tempo depois de ter lançado as suas memórias, vai ser a figura central de um documentário, que estreará no fim do ano no serviço de streaming Prime Video da Amazon.

Em comunicado, a Amazon declara que o filme dará aos espectadores uma “visão sem precedentes dos bastidores” da vida de Melania Trump.

Mas o que mais suscitou interesse foi o facto de ser a Amazon de Jeff Bezos a lançar o retrato da ex e futura primeira-dama, lançando achas para o debate sobre a relação entre Donald Trump e o segundo homem mais rico do mundo, que doou um milhão de dólares para o fundo de tomada de posse do novo Presidente — precisamente através da Amazon — e ainda determinou que o The Washington Post, do qual é dono, não apoiasse Kamala Harris para as eleições de Novembro.

O veto de Bezos levou dezenas de milhares de pessoas a cancelar as suas assinaturas e a protestos de vários jornalistas. Mas os laços entre o multimilionário e o presidente eleito parecem fortes a ponto de influenciarem editorialmente o The Post: no último fim-de-semana, Ann Telnaes, uma cartoonista vencedora de um Pulitzer, demitiu-se do jornal depois de a direcção se ter recusado a publicar uma caricatura satírica de Bezos e outros magnatas ajoelhados perante uma estátua de Trump.

Recentemente, escreve o The Washington Post, o multimilionário esteve com Donald Trump em Mar-a-Lago, ao mesmo tempo que Elon Musk.

Também o nome do realizador do documentário, cujas filmagens já arrancaram, não deixou ninguém indiferente: trata-se de Brett Ratner, que, depois de ter realizado sucessos de bilheteira como Hora de Ponta, Dragão Vermelho ou X-Men: O Confronto Final, viu o seu nome a entrar na lista negra de Hollywood, acusado de violação e de assédio sexual por várias mulheres.

Uma antiga funcionária de uma agência de talentos, a Endeavor Talent Agency, disse que o realizador a violou, em 2005; a actriz Natasha Henstridge (Espécie Mortal) contou que Ratner a obrigou a fazer sexo oral na década de 1990; a actriz Olivia Munn (X-Men: Apocalipse) revelou que ele se masturbou à sua frente; e a actriz canadiana Ellen Page (Elliot Page desde 2020) acusou o realizador de ter tido um comportamento “homofóbico e abusivo”, que a actriz neozelandesa Anna Paquin corroborou: “Eu estava lá quando esse comentário foi feito. Estou do teu lado.”

O anúncio do filme segue-se ao lançamento do livro de memórias de Melania Trump, Melania, lançado em Outubro, cerca de um mês antes de Donald Trump ganhar a presidência. Nele, a ex-modelo parece explicar, sobretudo, o amor pelo empresário, apesar das desavenças, nomeadamente em temas como o aborto ou a imigração. E põe um ponto final num longo período em que esteve praticamente desaparecida — embora tenha participado no evento de lançamento da campanha do marido para 2024 e tenha estado presente na noite de encerramento da convenção nacional republicana em Julho, esteve ausente a ponto de muitos se perguntarem que papel lhe reservava uma possível segunda Administração Trump.

Agora, com o anúncio do filme, os objectivos parecem mais claros: depois de ter sido uma primeira-dama praticamente indiferente aos destinos do país, concentrando-se na educação do filho, Barron, Melania Trump poderá estar prestes a assumir um novo protagonismo.

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