Diogo Jota regressa e evita derrota do Liverpool ante Marco Silva
Nottingham Forest ascende ao quarto lugar com reviravolta no fim do jogo. Bayern Munique averba primeiro desaire na Liga alemã. Atalanta imparável... e Jesús Navas “despede-se” do Sánchez Pizjuán.
Diogo Jota regressou após quase dois meses de paragem (por lesão no jogo com o Chelsea) para salvar o Liverpool da segunda derrota na Premier League, depois do desaire com o Nottingham Forest de Nuno Espírito Santos à 4.ª jornada.
O internacional português saltou do banco aos 79 minutos para, sete minutos depois, fechar as contas (2-2) em lance de grande classe, na recepção ao Fulham de Marco Silva, da 16.ª ronda.
Os londrinos, que vinham de um empate com o Arsenal (os “gunners” voltaram a empatar na recepção ao Everton), marcaram primeiro, pelo ex-Manchester United Andreas Pereira (11’). Os “reds” ficaram quase de imediato reduzidos a dez unidades, por expulsão de Andrew Robertson (17’), mas conseguiram chegar à igualdade, com golo de Gakpo (47’).
A formação do treinador português ainda voltou a colocar-se em vantagem, graças a outro brasileiro, com Rodrigo Muniz (76’) a empurrar o Liverpool, actual líder isolado da Liga inglesa e da fase de Liga da Champions (só com triunfos e apenas um golo sofrido), para uma situação dramática.
Mas Arne Slot tinha um trunfo no banco e Jota correspondeu com um golo, tendo estado muito perto de bisar e conseguir a reviravolta.
Reviravolta foi a pedra de toque da vitória do Nottingham Forest na recepção ao Aston Villa, com a equipa de Nuno Espírito Santo a saltar, à condição, para o quarto lugar (de Champions), após vencer (2-1) com golos de Nikola Milenkovic (87') e Anthony Elanga (90+3'), em resposta ao golo de Jhon Durán (63').
Atalanta imparável
Depois de um arranque de época em falso, com três derrotas nas cinco jornadas iniciais, a que se seguiu um empate com o Bolonha (equipa que impôs um nulo na Luz, para a Champions), a Atalanta arrancou para uma série imparável no campeonato.
Neste sábado, em Cagliari, depois da derrota com o Real Madrid, na Champions, Zaniolo saltou do banco e marcou o golo do triunfo (0-1) que garantiu a continuidade na liderança da Série A italiana, elevando para dez vitórias consecutivas a série dos vencedores da última edição da Liga Europa.
Em sentido inverso, depois da goleada (1-5) imposta ao Shakhtar na Liga dos Campeões, o Bayern Munique, com Raphaël Guerreiro de início (Palhinha continua indisponível), averbou a primeira derrota na Bundesliga, perdendo (1-2) na Mewa Arena, em Mainz.
Os bávaros viram o campeão Bayer Leverkusen encurtar a distância para a liderança, dispondo de uma vantagem de quatro pontos, mas que o Eintracht Frankfurt pode reduzir para três, caso vença esta tarde em Leipzig.
A equipa do treinador belga Vincent Company começou bem, com um remate de Olise a ser devolvido pelo poste, mas não resistiu à “traição” de Armindo Sieb, avançado formado em Munique que o Bayern reouve por 50 mil euros ao SpVgg Greuther Fürth para emprestar ao Mainz.
Sieb começou no banco, mas foi chamado a render o azarado Jonathan Burkardt aos 15 minutos. O jovem nascido em Halle, com ascendência moçambicana, haveria quase a concluir a primeira parte de servir o sul-coreano Lee Jae-sung, herói do encontro, para o primeiro golo da tarde.
Lee bisou (60’) após nova assistência de Sieb, garantindo uma vantagem irrecuperável para os bávaros, apesar do golo de Leroy Sané (87’).
Na Liga alemã, o dia teve duas partidas interrompidas na sequência do arremesso de objectos para o relvado no Union Berlin-Bochum (com Drewes, guarda-redes dos visitantes, a ser atingido) e por pirotecnia no St. Pauli-Werder Bremen, com o fumo a levar à suspensão por falta de visibilidade.
Em Berlim, a equipa de Diogo Leite empatou (1-1) e o Bochum acabou com o avançado Philipp Hofmann na baliza, depois de as equipas terem recolhido aos balneários durante 30 minutos e regressado para esgotar o tempo de compensação, período em que as equipas se limitaram a passar a bola.
Adeus de Jesús Navas
Em Sevilha, no Ramón Sánchez Pizjuán, o dia ficou marcado pela despedida de Jesús Navas, que, aos 39 anos, se prepara para deixar o futebol no final de 2024.
O jogo com o Celta de Vigo (1-0) foi o último no reduto do Sevilha, equipa onde Navas desenvolveu toda a carreira (704 jogos), apenas intervalada por quatro épocas no Manchester City (2013 a 2017).
Navas despediu-se entre lágrimas num cenário embelezado pelos principais troféus (um Mundial, dois Europeus, uma Liga das Nações, quatro Ligas Europa, uma Supertaça europeia, entre outros) e que contou com os filhos no relvado... para o pontapé-de-saída.