Duas vezes Presidente, duas vezes Personalidade do Ano da Time. Donald Trump, que, nesta quinta-feira, foi até Nova Iorque tocar o sino de abertura da Bolsa de Valores, acaba de ser anunciado Personalidade do Ano pela conceituada publicação norte-americana.
Para trás ficaram nomes fortes, como a ainda vice-presidente dos EUA, Kamala Harris; a princesa de Gales, Kate Middleton; o multimilionário Elon Musk; a opositora ao regime russo Yulia Navalnaya; o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu; o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell; o humorista norte-americano Joe Rogan; a Presidente do México, Claudia Sheinbaum; e o dono do Facebook, Mark Zuckerberg.
A escolha, explica a revista, tem em conta o facto de “o renascimento político de Trump não ter paralelo na história americana”, o que o levou a vencer as eleições de 2024. “Ele remodelou o eleitorado americano, activando os jovens eleitores do sexo masculino que o impulsionaram para uma vitória decisiva, que o viu ganhar o voto popular pela primeira vez e transformar todos os estados indecisos em vermelhos.”
A Time, que descreve a vitória de Trump como “notável”, sobretudo depois de ter perdido o último escrutínio e recusado o resultado eleitoral, chama a atenção para o facto de a sua vitória fazer história de várias formas. Nem todas elogiosas. Por exemplo, “será o Presidente mais velho da história dos EUA e foi condenado no início deste ano por um júri de Nova Iorque por 34 acusações de fraude, o que faz dele o primeiro criminoso condenado a ser eleito Presidente”.
O magnata já fora escolhido como a Personalidade do Ano, em 2016, da última vez que conquistou a Casa Branca. Na época, a iniciativa, que se realiza desde 1927 e que nomeia “uma pessoa, grupo ou conceito que teve o maior impacto — para o bem ou para o mal — no mundo durante os 12 meses anteriores”, explicou que a sua escolha explicava-se pelo facto de Donald Trump ter recordado “à América que a demagogia se alimenta do desespero e que a verdade só tem poder na medida em que se confia na pessoa que a profere, por dar poder a um eleitorado escondido ao trazer para o discurso público as suas fúrias e a transmitir em tempo real os seus medos, e por moldar a cultura política do futuro demolindo a do passado”.
Em 2023, a Time seleccionou a superestrela pop Taylor Swift como Personalidade do Ano. Outras selecções anteriores incluem o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o “espírito da Ucrânia” em 2022, o titã da tecnologia Elon Musk em 2021, os combatentes do ébola em 2014 ou o antigo Presidente dos EUA Barack Obama em 2012 e 2008.