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A força de vontade e a tenacidade de Cristiano Ronaldo podem ser cultivadas?
Comer ou não um cookie, fazer ou não exercício, sentar para estudar ou não: são decisões que dependem de uma boa dose de força de vontade e tenacidade.
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As histórias de Cristiano Ronaldo, famoso jogador de futebol português, sobre seu compromisso com treinos, exercícios, cuidados com alimentação e sono revelam alguém com grande força de vontade e tenacidade para resistir às tentações até alcançar seus objetivos. Cristiano inspira aqueles que buscam uma vida mais saudável e já enfrentaram os desafios desse caminho. Entretanto, pode-se perguntar: como encontrar toda aquela força de vontade e tenacidade que ele demonstra?
É fato que a genética pode favorecer mecanismos biológicos que culminam na expressão da força de vontade e da tenacidade e, provavelmente, Cristiano Ronaldo foi abençoado nesse aspecto. Contudo, também se sabe que certas atitudes e contextos podem aumentar ou diminuir a eficiência da força de vontade e a tenacidade. Um exemplo simples é o impacto da fome na capacidade de resistir à tentação de comprar guloseimas em um supermercado.
A força de vontade e a tenacidade podem ser moduladas por atitudes e contextos. Mas o ponto crucial é entender que esses fenômenos demandam energia de ativação cerebral.
Como criar condições para melhorar a expressão da sua força de vontade e tenacidade? Pense na saúde cerebral como um todo. Estar descansado (com sono reparador) é um elemento essencial para gerar energia mental. Outro ponto importante é não estar com fome, pois o impacto da fome na diminuição da força de vontade e da tenacidade vai além do simples dilema de “comer ou não comer um cookie” — o cérebro precisa de combustível para gerar força de vontade e tenacidade.
Além disso, é fundamental cultivar uma boa gestão das emoções, uma vez que o estresse emocional, seja agudo ou crônico, drena energia mental que poderia ser direcionada para aumentar a força de vontade e a tenacidade. Hormônios também podem influenciar, e alguns experimentos interessantes mostram, por exemplo, como a obesidade (mudando o perfil hormonal no cérebro) pode levar à inatividade física — a resistência à leptina no cérebro está associada à redução da atividade física.
Apesar de o conhecimento sobre os fatores que impactam a geração de força de vontade e tenacidade no cérebro ser interessante e útil, essa utilidade é limitada. Não é estratégico depender da força de vontade e da tenacidade para tarefas de longo prazo, considerando o alto gasto de energia mental. Nesse sentido, a criação de novos hábitos — ações semi-automatizadas que demandam bem menos energia mental — é uma forma inteligente de poupar a energia necessária para atingir objetivos.
Por fim, outra ação estratégica é reduzir a exposição a situações em que a força de vontade e a tenacidade são necessárias para manter alguém alinhado com seus objetivos. Por exemplo, imagine alguém que deseja parar de beber álcool. Essa pessoa vai gastar muito menos energia mental (e correr menos risco de falhar no seu objetivo) se evitar sentar-se em uma mesa de bar com amigos bebendo.
Em síntese, é importante cultivar o “Cristiano Ronaldo” que há em nós, mas usá-lo de forma custo-efetivo: evitando gastar energia cerebral de força de vontade e tenacidade de maneira desnecessária.