Foi noite de festa para a moda em Londres. O Royal Albert Hall encheu-se de estilo nesta segunda-feira para celebrar os Fashion Awards, que reuniram não só as maiores estrelas da moda, mas também celebridades como Rihanna e A$ap Rocky, Nicola Coughlan ou Simone Ashley. O grande protagonista da noite foi Jonathan Anderson, que voltou a vencer o prémio de designer do ano.
Ainda antes da entrega de prémios, o espectáculo começou na passadeira vermelha, onde se fez jus ao mote da noite com uma celebração dos arquivos da moda — ainda que alguns manifestantes da Peta tenham interrompido o desfile de celebridades. Rihanna fez uma grande entrada na red carpet com um vestido vintage Christian Lacroix de 2002 completado com uma capa de pelo em azul turquesa e um enorme chapéu a combinar. Ao lado, o companheiro A$ap Rocky — distinguido com o prémio de inovação cultural — usava um fato Bottega Veneta. “Ser um inovador cultural significa muito para mim como rapper, acho que as linhas estão definitivamente fundidas agora”, declarou o músico recebeu o prémio pelo trabalho de divulgação feito em prol da moda britânica.
A estrela de Bridgerton Nicola Coughlan não ficou atrás de Rihanna na exuberância com um vestido Gaurav Gupta em veludo com uma sobressaia em cetim azul. Mas ainda mais irreverentes foram a modelo Lila Moss, filha de Kate Moss, que apostou num visual de arquivo Alexander McQueen de 2003, ou a norte-americana Anok Yai em John Galliano vintage.
Fora da passadeira vermelha, no palco do Royal Albert Hall, foram os criadores britânicos a destacarem-se, apesar de o prémio de conquista excepcional ter ido para o norte-americano Tom Ford. O galardão foi entregue pelas mãos da editora global da Vogue, Anna Wintour, que descreveu o criador como alguém com “um olho para o genial” e que coloca “perfeição” em tudo que faz. Ford agradeceu dedicando uma palavra à capital britânica, onde viveu parte da sua vida: “Londres é a cidade mais inspiradora do mundo.”
O designer do ano foi, pelo segundo ano consecutivo, Jonathan Anderson da JW Anderson e da Loewe. É a segunda vez que o criador recebe a estatueta, desta feita pelas mãos de Jamie Dornan — a usar um fato Loewe, claro. E agradeceu piscando o olho a Tom Ford. “Eu adoro moda. Faz-me levantar da cama todas as manhãs. Sempre que algo de bom acontece, o Tom Ford está na sala”, declarou o irlandês que se tem distinguido pela inovação de cortes e pela componente artesanal que trouxe de volta à Loewe nos últimos cinco anos.
Ainda na categoria de designers, as restantes vencedoras foram Grace Wales Bonner — que não esteve presente na cerimónia — na moda masculina e Simone Rocha, distinguida como melhor designer de moda feminina. “As minhas colecções alimentam as minhas emoções. Com este prémio, gostaria de homenagear todas as mulheres e crianças deslocadas”, declarou a criadora que antes de sair do palco deixou um apelo: “Libertem a Palestina”. O repto também foi deixado pela fotógrafa norte-americana Nan Goldin que aceitou o prémio pela campanha da Gucci, liderada por Sabato De Sarno, sobre Londres.
Já a modelo do ano é Alex Consani, que protagonizou recentemente as campanhas de Jacquemus e Marc Jacobs. “Sou a primeira mulher trans a ganhar este prémio. Não posso aceitá-lo sem agradecer às mulheres que vieram antes de mim e, especificamente, à comunidade trans negra que realmente lutou por este espaço”, agradeceu a modelo emocionada.
O prémio Trailblazer, que distingue a liderança e visão criativa, foi entregue a Remo Ruffini, presidente da Moncler. A noite foi abrilhantada pelas irmãs Chloe e Halle Bailey que cantaram To Love Somebody dos Bee Gees.
O evento serve como uma angariação de fundos para a Fundação do Conselho de Moda Britânico (BFC, na sigla original), que se dedica a apoiar o crescimento e o sucesso da indústria da moda do Reino Unido.
Na galeria de imagens acima, acompanhe o desfile de celebridades na passadeira vermelha dos Fashion Awards.