Vida Justa vai organizar Grande Marcha dos Bairros em Março e Abril

Anúncio foi feito na primeira Assembleia Popular dos Bairros. Movimento vai lançar também um jornal dos bairros e uma rádio online.

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Segundo documento, "Grande Marcha dos Bairros pela Vida Justa" vai realizar-se aos fins-de-semana, "entre bairros" da Área Metropolitana de Lisboa Nuno Ferreira Santos
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O movimento Vida Justa anunciou este domingo que vai organizar uma Grande Marcha dos Bairros nos meses de Março e Abril. O anúncio foi feito na primeira Assembleia Popular dos Bairros, que decorre no Centro Cultural de Carnide, no Bairro Padre Cruz, em Lisboa, e que junta duas centenas de representantes de várias comunidades da área metropolitana da capital e também de Abrantes e Tomar.

No documento distribuído à entrada, o movimento explica que a "Grande Marcha dos Bairros pela Vida Justa" vai realizar-se no mês de Março e até meio de Abril, aos fins-de-semana, "entre bairros" da Área Metropolitana de Lisboa, concretizando-se em "acções de mobilização e força".

No mesmo documento, o Vida Justa anuncia que vai lançar um torneio de futebol, com o objectivo de "unir os jovens dos bairros e acabar com desavenças que não lhes permitem ver quem são os seus verdadeiros inimigos".

Simultaneamente, o movimento vai lançar um "jornal dos bairros e uma rádio online para divulgar o que se passa" nessas comunidades "e a vontade de quem lá vive".

Os rappers dos bairros vão ainda juntar-se e participar colectivamente numa "mixtape Vida Justa", que quer destacar o papel do rap em dar voz às comunidades.

Durante este domingo, a assembleia vai dividir-se em grupos de trabalho nos quais vão "inventariar os principais problemas, elencar as devidas soluções, escolher as formas de conseguir chegar" a resultados e "recensear um calendário de acções". A partir das propostas recolhidas, o Vida Justa desenvolverá depois "um conjunto de acções".

No documento que serve de orientação da assembleia deste domingo, o movimento assinala que "a periferia não é um lugar geográfico mas "político", onde "as populações mais exploradas, pobres, racializadas e imigrantes são afastadas do poder de decisão".