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O Estádio Universitário do Porto entra em jogo reabilitado pelo atelier CREA
O atelier de arquitectura portuense CREA assina o projecto de reabilitação da bancada e da nova sede do Complexo Desportivo da Universidade do Porto (CDUP), no Estádio Universitário.
Com o “carácter racionalista da estrutura original”, mas agora com uma bancada a sério e dois novos edifícios: é assim que o Estádio Universitário do Porto vai ser devolvido à comunidade estudantil.
A necessidade de intervenção na bancada, cuja inauguração remonta ao ano de 1953, motivou a segunda fase da reabilitação de um dos mais antigos espaços desportivos da cidade, construído junto à Ponte da Arrábida.
“Foi um processo longo e exigente”, conta o arquitecto André Camelo, fundador do atelier portuense CREA, que assina o projecto inaugurado na sexta-feira, 22 de Novembro, e que custou 3,4 milhões de euros à Universidade do Porto.
A cor quente dos edifícios novos contrasta com a “sobriedade” da cor da bancada, estando essa continuidade cromática presente no interior dos renovados balneários, vestiários e áreas de convívio, bem como na nova sede do Clube Desportivo da Universidade do Porto (CDUP).
Preenchidas de janelas, as paredes que estão voltadas para o campo fazem com que a concentração não fique fora de jogo.
Se antes os lugares disponíveis para assistir aos jogos eram constituídos por um banco corrido feito de betão, o estádio vai passar a poder acolher confortavelmente 600 pessoas, contando com a cobertura já existente, cuja área foi estendida.
“Havia um certo desejo que isto fosse devolvido à comunidade”, explica André Camelo.
Actualmente, "não mais do que 18% dos estudantes" frequentam as instalações desportivas da Universidade do Porto, pelo que a universidade espera que os investimentos nesta área, que irão ascender a 14 milhões de euros, permitam "duplicar a percentagem de praticantes nos próximos cinco anos", lê-se num comunicado da UP.
Este ano lectivo, 10812 utilizadores estão inscritos no CDUP, sendo que a maioria dos praticantes (63,1%) são membros da comunidade universitária.
A primeira fase da reabilitação do estádio — que “incluiu a construção dos campos de futebol e rugby certificados pela FIFA e World Rugby” — ficou concluída em 2020 fruto e custou 2,7 milhões de euros.
A instituição de ensino superior pretende investir mais sete milhões de euros na construção e recuperação de complexos desportivos da Boa Hora e Asprela e procura para isso apoio estatal. Com Lusa