Quando Chega o Outono, Bowling Saturno e outras estreias para esta semana

Um drama de François Ozon, um thriller de Patricia Mazuy e um documentário de Oliver Stone marcam o regresso dos três veteranos às salas de cinema.

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Quando Chega o Outono
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Bowling Saturno
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Energia Nuclear Já!
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Emmanuelle
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Herege
,74º Festival Internacional de Cinema de Berlim
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Reas
,As Sete Dores de Maria
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Vidro Fumê
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Michelle é reformada e vive numa pequena aldeia da Borgonha, em França. Os seus dias são passados a cuidar da casa, da horta e a conviver com as amigas mais próximas, entre elas Marie-Claude, que conhece desde a juventude. Agora, mal pode esperar pela visita de Valérie, a filha, que ali vai deixar o seu neto Lucas a passar uns dias. Mas quando Valérie tem uma intoxicação alimentar devido aos cogumelos que a mãe cozinhou, as dificuldades de entendimento entre ambas, que sempre foram enormes, agudizam-se. Isso vai desencadear uma tragédia que irá pôr a descoberto segredos há muito guardados.

Em competição no Festival de Cinema de Cinema San Sebastián, este drama tem realização e argumento de François Ozon – o aclamado realizador de Sob a Areia, Oito Mulheres, Swimming Pool, O Tempo Que Resta, Dentro de Casa, O Amante Duplo, Verão de 85 ou O Crime É Meu. A interpretar as personagens estão os actores Hélène Vincent, Josiane Balasko, Ludivine Sagnier, Pierre Lottin e Garlan Erlos.

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Guillaume, um agente da polícia, herda um salão de bowling que era propriedade do pai, entretanto falecido. De forma a compensar Armand, o meio-irmão que há muito parece ter perdido o Norte, decide entregar-lhe o negócio, esperançoso de que isso possa dar-lhe um novo alento. Tudo fazia sentido até o detective ficar responsável por investigar vários homicídios de jovens mulheres. À medida que a investigação avança, as pistas parecem estar de algum modo relacionadas com o salão, com o irmão e com um grupo de caçadores da zona.

Realizado por Patricia Mazuy (que o Ípsilon intrevistou), um thriller psicológico em tons negros que conta com Arieh Worthalter, Y-Lan Lucas, Leïla Muse e Achille Reggiani (filho da realizadora) nos papéis principais.

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Com base no livro A Bright Future: How Some Countries Have Solved Climate Change and the Rest Can Follow, da autoria dos cientistas Staffan A. Qvist e Joshua S. Goldstein (este último, também responsável pelo argumento), Oliver Stone realizou este documentário, onde se defende como a energia nuclear pode ser a solução para combater as mudanças climáticas.

Considerando que o uso exclusivo de energias verdes não será suficiente para que o planeta atinja a neutralidade de carbono antes que as mudanças climáticas se tornem irreversíveis, a solução que resta será criar novas centrais nucleares que possam substituir, a curto e a médio prazo, o uso de energia proveniente de combustíveis fósseis.

Os autores defendem ainda que, de forma a criar resistência a essa mudança, foi feita uma campanha de diabolização da energia nuclear, grandemente financiada pelos responsáveis pelas indústrias do carvão e do petróleo, em que são exagerados os perigos e é feita uma associação deliberada às armas nucleares.

No Festival de Veneza de 2022, Energia Nuclear Já! arrecadou o Prémio Enrico Fulchignoni do Conselho Internacional de Cinema, Televisão e Comunicação Audiovisual (CICT ICFT).

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Meio século depois da estreia do clássico erótico Emmanuelle – a adaptação ao grande ecrã, pelas mãos de Just Jaeckin, do livro escrito por Marayat Rollet-Andriane em 1959, sob o pseudónimo de Emmanuelle Arsan – a realizadora francesa de origem libanesa Audrey Diwan traz a sua versão actualizada. ​

Aqui, Emmanuelle viaja sozinha em trabalho de Paris para Hong Kong. Durante a estadia na cidade, ela explora o prazer e o erotismo, vivendo várias experiências dentro e fora do hotel, numa contínua busca por si mesma. Até que se cruza com Kei, um homem misterioso por quem se deixa fascinar.

Se o filme de 1974 deu a Sylvia Kristel o estatuto de estrela mundial, agora o papel principal cabe a Noémie Merlant, conhecida por interpretar a personagem Marianne em​ Retrato da Rapariga em Chamas. ​Diwan é também responsável por O Acontecimento, que lhe valeu o Leão de Ouro e o FIPRESCI na edição de 2021 do Festival de Cinema de Veneza.

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Num futuro não muito distante, a Terra foi invadida por enormes criaturas que dizimaram quase toda a população humana. Os cinco por cento dos sobreviventes foram os que conseguiram fugir para locais acima dos 2400 metros da linha do mar. Três anos depois, ainda ninguém percebeu a razão pela qual os invasores são impossíveis de matar, nem o que os impede de subir além de determinada altitude.

Para salvar a vida do filho, que se encontra doente e precisa de material médico para sobreviver, Will tem de descer as montanhas do Colorado até à cidade mais próxima para encontrar um hospital. Com ele vão Nina, uma cientista empenhada em estudar as fragilidades do inimigo para que o possam vencer, e Katie, uma jovem com treino militar que fará os possíveis por os manter vivos.

Com Anthony Mackie, Morena Baccarin, Maddie Hasson e Danny Boyd Jr. nos principais papéis, este drama pós-apocalíptico foi escrito por John Glenn, Jacob Roman e Kenny Ryan e tem realização de George Nolfi (realizador de Os Agentes do Destino, argumentista de Ocean's Twelve e co-argumentista da saga Jason Bourne).

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Barnes e Paxton (Sophie Thatcher e Chloe East, respectivamente) são duas jovens mórmones que costumam ir de casa em casa apregoar a sua fé em Jesus Cristo. Um dia visitam a casa de Mr. Reed (Hugh Grant), um inglês bastante simpático mas um pouco estranho, que as atende e convida a entrar. Mas quando ele decide trancá-las em casa e criar um jogo violento para testar as suas crenças mais profundas, elas deparam-se com a pior experiência das suas vidas.

Este filme de terror psicológico tem produção da A24o estúdio responsável por títulos como Hereditário, Midsommar: O Ritual ou X – e estreou-se no Festival de Cinema de Toronto em Setembro de 2024. A realização e o argumento são da responsabilidade de Scott Beck e Bryan Woods (a dupla responsável pela realização de Haunt, 65 e pelo argumento de Um Lugar Silencioso).

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Numa mistura de documentário e musical, este filme segue várias ex-presidiárias de uma prisão de Buenos Aires que dançam, cantam e encenam as suas vidas através de memórias, ficcionalizando o passado e projectando sonhos para o futuro.

Em competição em vários festivais de cinema, entre eles o de Berlim e o de San Sebastián – onde recebeu o Prémio Sebastiane de melhor filme –, Reas tem realização e argumento da argentina Lola Arias (Teatro de Guerra) e reflecte sobre estigma, identidade e recomeços.

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Tendo por base factos reais, Vidro Fumê segue a história de Mary, uma jovem norte-americana que decide mudar-se para o Rio de Janeiro para estar mais perto de Gabriel, o namorado. Um dia, o casal é abordado por um grupo de marginais que os metem à força numa carrinha. Enquanto o rapaz é espancado, Mary é violada, vendo-se forçada a escolher entre a possibilidade de libertação, deixando o namorado para trás, ou manter-se com eles. Enquanto isso, Miriam, uma jovem activista social, é assediada por Azevedo, um político corrupto.

Um drama realizado pelo português Pedro Varela (A Canção de Lisboa), que escreve o argumento com Luciana Bezerra. Ellie Bamber, James Frecheville, Mari Oliveira, Augusto Madeira, Jorge Neto, Digão Ribeiro e Francisco Gaspar completam o elenco de actores.

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