Cristina Ferreira reage à penhora dos bens: “Trata-se de uma iniciativa da SIC”

PÚBLICO contactou SIC, mas não obteve resposta. Foi o Tribunal de Lisboa Oeste que decidiu a execução. Cristina garante que “irá usar o mecanismo legal que lhe permite suspender esta iniciativa”.

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Cristina Ferreira na SIC em 2019 Miguel Manso
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“Continuarei a assumir todas as responsabilidades, com honestidade”, promete Cristina Ferreira, que acaba de reagir em comunicado à notícia de que o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste decidiu executar bens da empresa Amor Ponto num montante até 4,7 milhões de euros. Numa reacção publicada no Instagram, na tarde desta terça-feira, a apresentadora da TVI lembra que “o processo é do domínio da justiça e apenas pela justiça deverá ser julgado”.

Nesta terça-feira, a apresentadora esteve toda a manhã em directo no programa Dois às 10 na TVI sem mencionar a notícia da execução dos bens e reagiu apenas depois das 16h. Sem acrescentar novos dados sobre o caso judicial que a opõe à SIC, depois de ter quebrado o contrato com a estação de televisão, a apresentadora lamenta que já não esteja em causa o julgamento, mas sim o seu “carácter”. E declara: “Nunca me poderão acusar de faltar aos meus compromissos.”

Cristina Ferreira quis esclarecer que “foi a SIC que executou a sentença de 1.ª instância, apesar de a mesma ainda estar pendente de recurso e, por isso, poder vir a ser revertida”. O PÚBLICO contactou SIC sobre a acusação da apresentadora, mas não obteve resposta até ao momento. "Trata-se de uma iniciativa da SIC. Apenas desta e não do tribunal", sublinha a apresentadora, que aponta o dedo à estação, apesar de não ser possível a SIC "executar a sentença" como diz, mas apenas pedir ao tribunal que o faça.

O comunicado termina com o reforço da intenção de recurso sobre a sentença que Cristina Ferreira já tinha interposto. “A Amor Ponto irá usar o mecanismo legal que lhe permite suspender esta iniciativa da SIC. Enquanto se aguarda serenamente pela decisão que incidir sobre o recurso interposto.”

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A 11 de Junho, a Amor Ponto foi condenada pelo tribunal de Sintra a pagar mais de 3,3 milhões de euros à SIC pela quebra de contrato com a estação. A apresentadora recorreu da decisão, mas não pediu efeitos suspensivos, nem apresentou caução com garantias bancárias. Foi isso que levou à penhora dos bens da empresa e dos créditos, presentes e futuros, que a Amor Ponto detém no valor de até 4,7 milhões de euros, o que já inclui os juros.

A Amor Ponto foi constituída em 2008, como Cristina Ferreira, Sociedade Unipessoal e adoptou a actual denominação em 2019, tendo tido ainda a denominação de Cristina Ferreira, Lda. A empresa conta com três accionistas: Cristina Ferreira, o seu pai, António Jorge Ferreira, e a Docasal Investimentos, empresa que também conta com os mesmos dois accionistas.

O processo entre a SIC e a Amor Ponto arrasta-se desde Setembro de 2020, quando a SIC deu entrada a um processo contra a directora de ficção e entretenimento da TVI, com o tribunal a determinar que o contrato entre a apresentadora e a estação de Carnaxide não era livremente revogável. Cristina Ferreira saiu da SIC em Julho desse ano, regressando à TVI, onde havia de se tornar directora e accionista da Media Capital.

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