Gladiador II, Vampira Humanista e outras estreias para esta semana
Uma vampira compassiva, um festim de gladiadores no Coliseu de Roma e um musical de Jacques Audiard são bons pretextos para ir ao cinema esta semana.
Sasha (Sara Montpetit) é uma jovem vampira, compassiva e humanista, que tem dificuldade em encarar os humanos como alimento. Até hoje, ela tem sobrevivido à custa dos pacotes de sangue que os pais lhe vão fornecendo. Certa noite, farta de ser pressionada e olhada com desdém por não seguir os seus instintos de caçadora, ela decide tentar a sorte.
É assim que conhece Paul (Félix-Antoine Bénard), um adolescente solitário e vítima de bullying que há muito tem como objectivo acabar com a própria vida. Ao perceber as motivações do rapaz, Sasha encontra a solução para os seus problemas: se o desejo mais profundo dele é a morte, não há qualquer mal em servir-se do seu sangue. Para o compensar, ela passará as suas últimas horas a resolver-lhe vários problemas e a vingá-lo dos seus inimigos mais próximos.
Uma comédia e terror que marca a estreia em longa-metragem da canadiana Ariane Louis-Seize, que escreve o argumento com Christine Doyon.
Duas décadas depois de testemunhar a morte do general hispânico Maximus (o seu pai e também o protagonista de Gladiador), a casa de Lucius Verus é invadida pelo exército romano, que assassina a sua família e o leva prisioneiro. Comprado por Macrinus, um antigo escravo que possui uma escola de gladiadores com o intuito de derrubar os governantes e tomar o poder de Roma, ele é treinado para as apoteóticas lutas de vida e morte no Coliseu. Inspirado pela história do progenitor, Lucius tem de encontrar a força necessária para fazer justiça e ajudar a devolver a paz e a glória ao povo romano.
Escrito por David Scarpa e Peter Craig, Gladiador II é um épico de acção que conta com o já octogenário Ridley Scott novamente na cadeira de realizador. Com os actores Connie Nielsen e Derek Jacobi a encarnar as mesmas personagens do primeiro filme, o elenco é encabeçado pelas actuações de Paul Mescal, Pedro Pascal e Denzel Washington.
Alice e Mathieu tiveram uma relação intensa que terminou abruptamente. Hoje, 15 anos volvidos sobre a separação, ele é um actor conhecido actualmente a viver em Paris; ela dá aulas de piano numa pequena cidade balnear no Oeste de França. O destino volta a juntá-los quando Mathieu, a atravessar uma crise emocional, decide passar algum tempo na cidade onde ela mora. Esse reencontro inesperado vai fazê-los reflectir sobre tudo o que viveram, as feridas que causaram um ao outro, as saudades do que foram e as circunstâncias que os levaram àquele exacto momento.
Estreado na 80. ª edição do Festival de Cinema de Veneza e com Guillaume Canet e Alba Rohrwacher como protagonistas, um drama romântico realizado e escrito por Stéphane Brizé – autor da trilogia A Lei do Mercado (2015), Em Guerra (2018) e Um Outro Mundo (2021) –, que também se responsabiliza pelo argumento, em colaboração com Marie Drucker.
Rita Moro Castro está cansada de ser usada pela firma de advogados onde trabalha para ajudar toda a espécie de delinquentes a contornar a lei e passar incólumes pelos seus crimes. Um dia recebe uma proposta tão inesperada quando irrecusável: fazer com que Juan Manitas Del Monte, um temível líder de um cartel de drogas mexicano, desapareça sem deixar rasto para que se possa tornar a mulher que sempre desejou ser. É assim que nasce Emilia Pérez, uma mulher poderosa que fará os possíveis para compensar todo o mal que fez.
Com assinatura de Jacques Audiard (De Tanto Bater o Meu Coração Parou, Um Profeta, Ferrugem e Osso, Os Irmãos Sisters), um thriller musical cheio de humor sobre identidade e transformação. Emilia Pérez esteve em competição no Festival de Cinema de Cannes, onde o Prémio do Júri foi entregue a Audiard e o de melhor interpretação feminina ao quarteto formado por Karla Sofía Gascón, Zoe Saldaña, Selena Gomez e Adriana Paz.
Ze, de 17 anos, tem muito em comum com qualquer adolescente de um qualquer lugar do mundo. Contudo, há algo nele que o distingue da maioria: ele é um importante xamã da sua comunidade, numa cidade na Mongólia. Habituado desde cedo a assumir a responsabilidade de líder espiritual e a aceitar todas as restrições que isso implica na sua vida, tudo se altera quando conhece Maralaa, uma jovem por quem se apaixona e que o faz ver o mundo de um modo totalmente diferente.
Co-produção entre seis países, incluindo Portugal (através da produtora Uma Pedra no Sapato), este drama sobre tradição e modernidade, tem assinatura de Lkhagvadulam Purev-Ochir e fez história por ser a primeira longa-metragem mongol a integrar os festivais de cinema de Toronto e também de Veneza — onde o jovem Tergel Bold-Erdene, que encarna o protagonista, arrecadou o prémio de melhor actor.
Realizado e escrito por António Borges Correia, Na Mata dos Medos segue Alice (Anabela Brígida), uma realizadora em luto pela morte do marido, que tem em mãos um filme-ensaio dependente de financiamento.
Vencedor do Prémio do Público na última edição do FESTin, este filme conta ainda com as actuações de Cláudio Da Silva, Carla Bolito, Gustavo Alves, Joana Bárcia, José Martins, Josefine Winkler, João Amaral, Raquel Ferradosa e Vicente Wallenstein.
Num mundo inventado, habitado por criaturas fantásticas e monstros muito perigosos, o jovem Zac, de 13 anos, parte em busca de Kyle, o irmão gémeo, que foi raptado por um perigoso vilão.
Com a sua pedra de jade, cujos superpoderes ainda não consegue controlar totalmente, Zac embarca numa aventura ao lado de Indiana, uma jovem muito corajosa e bastante mais sensata do que ele, e Wowo, um paquiderme de três metros inadvertidamente transformado numa pequena criatura peluda.
Realizado por Philippe Duchene e Jean-Baptiste Cuvelier, um filme de animação com os habituais ingredientes do género: o valor da coragem, a luta contra o mal e a importância das amizades verdadeiras.