Sebrae confirma 400 startups brasileiras no Web Summit Lisboa 2024

Diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick diz que a seleção das startups presentes no evento prioriza modelos de negócios baseados na bioeconomia e na inovação. Ele anuncia Prêmio Startups.

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O Sebrae, em parceria com a ApexBrasil, tem tido papel importante para a internacionalização de startups brasileiras, que vêm participando do Web Summit Vicente Nunes
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O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) confirmou a presença de 400 startups brasileiras no Web Summit Lisboa 2024, que começa nesta segunda-feira (11/11), no Parque das Nações. A informação é do diretor técnico da instituição, engenheiro com especialização em políticas públicas, Bruno Quick, que está há 21 anos na entidade, tendo sido também dirigente do Movimento Associativista Empresarial.

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Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae, ressalta a importância da participação de startups brasileiras no Web Summit Charles Damasceno

Segundo ele, a seleção das startups presentes prioriza modelos de negócios made in Brazil, baseados na bioeconomia e na inovação. São destaques startups nascidas no seio da Floresta Amazônica, como a Mazô Maná, que desenvolve produtos na área de nutrição funcional, e a Radix, que inova em reflorestamento e investimentos verdes, “com foco na restauração produtiva e manejo sustentável”.

Quick informa que esta é a terceira vez consecutiva que o Sebrae estará presente no evento internacional lisboeta, o que amplia a participação de empresas brasileiras, “fundamental para posicionar as startups no cenário global”.

Ele também anuncia o lançamento do Prêmio Sebrae Startups, que “proporcionará mais visibilidade às startups brasileiras e promoverá conexão internacional delas”. Veja os principais trechos da entrevista de Bruno Quick ao PÚBLICO Brasil.

Quantas empresas brasileiras vão participar do Web Summit Lisboa 2024?

Pelo terceiro ano consecutivo, o Sebrae estará no Web Summit Lisboa, um dos principais eventos do mundo para o ecossistema de startups, com cerca de 400 empresas brasileiras que participarão da edição deste ano. A presença no evento é uma oportunidade de visibilidade para empreendimentos inovadores que buscam investimentos e inserção no mercado europeu. A seleção ocorreu em parceria com ApexBrasil, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Embaixada do Brasil em Portugal, Serpro, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Embratur.

Quais são as expectativas do Sebrae neste ano?

A presença do Sebrae no Web Summit Lisboa é fundamental para posicionar as startups brasileiras no cenário global, especialmente em um evento que reúne investidores, parceiros e líderes de inovação do mundo todo. Dessa forma, o Sebrae contribui ao compartilhar a experiência brasileira em inovação regional e em sustentabilidade, promovendo ecossistemas locais e a internacionalização de negócios.

Em termos de novidades a apresentar, quais os destaques este ano?

A novidade deste ano é que a seleção das startups priorizou modelos de negócios made in Brazil, baseados na bioeconomia e na inovação. Estamos criando oportunidades para micro e pequenas empresas que geram riqueza e impacto socioambiental com a floresta de pé. Outra novidade deste ano, e que já é fruto de parcerias com instituições portuguesas, é o lançamento do Prêmio Sebrae Startups, que proporcionará mais visibilidade às startups e promoverá a conexão internacional.

Quais das empresas que participam com apoio do Sebrae podem causar impacto na vida dos brasileiros?

As trajetórias e os potenciais são muitos, mas cito algumas. Nascida no coração da Floresta Amazônica, em Altamira (PA), a Mazô Maná desenvolve produtos na área de nutrição funcional, mas faz muito mais do que isso. Todo modelo de negócios e sistema produtivo da Mazô foi criado pensando em formas de gerar valor e bem viver para as comunidades da floresta, além de incentivar a conservação das matas, fugindo do modelo de exploração baseado em desmatamento e monocultura. Outra startup é a Radix, que inova em reflorestamento e investimentos verdes, com foco na restauração produtiva e manejo sustentável na Amazônia. O modelo de silvicultura sucessional ajuda a criar uma nova cultura ao valorizar as florestas plantadas e a biodiversidade, gerando alternativas de emprego e renda para a população local. O sistema produtivo recupera áreas degradadas e tem um alto potencial para captura de carbono da atmosfera, permitindo retorno atrativo para os investidores e ajuda a manutenção da própria floresta.

Como pretende integrar estas empresas na Europa e no mundo?

Por meio de parcerias com instituições internacionais, o Sebrae tem propiciado benefícios para os pequenos negócios brasileiros, como o intercâmbio de conhecimentos e o aumento do potencial exportador. Com a 351 Associação Portuguesa de Startups, foram fechadas mentorias coletivas preparatórias para o Web Summit 2023 e 2024 e a promoção de networking durante a Portugal Tech Week. Já com a Startup Portugal, promovemos a preparação e a conexão entre empreendedores brasileiros e portugueses no Web Summit. Além disso, por meio de acordo com a CORE Angels, foi feita uma cooperação para intercâmbio de programas e projetos que fomentem a competitividade e o desenvolvimento sustentável de startups no Brasil e em Portugal. Essas parcerias facilitam mentorias, networking e oportunidades de softlanding (entrada em novos mercados) para startups brasileiras em Portugal.

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