Eleições EUA 2024
Da euforia republicana à desilusão democrata: a noite eleitoral nos EUA
Donald Trump foi o grande vencedor da noite eleitoral e volta à Casa Branca quatro anos depois. Kamala Harris perdeu terreno junto dos jovens e comunidade hispânica.
De um lado euforia, do outro a exasperação pela segunda derrota eleitoral provocada por Donald Trump em menos de dez anos. O candidato republicano foi o grande vencedor das eleições norte-americanas, com a vitória a ser confirmada durante a madrugada. Ao contrário do que tinha sido previsto pelas empresas de sondagens, o empate técnico entre os candidatos não se verificou, encerrando todas as dúvidas em poucas horas.
Os votos não estão todos contados, mas é já certo que os democratas perdem o controlo do Senado. A Câmara dos Representantes poderá passar também para a mão dos republicanos, algo que, a verificar-se, seria a confirmação de uma vitória total da equipa de Trump.
Num ambiente muito polarizado, democratas e republicanos reuniram-se dos companheiros de partido para acompanharem os resultados ao segundo. Com o passar das horas, o mapa norte-americano passou a pintar-se cada vez mais com cores vermelhas, para o desespero dos democratas.
Na sede de campanha de Kamala Harris, em Washington D.C, os rostos mostravam claramente apreensão quanto ao futuro. Temem-se agora reversões nos direitos reprodutivos das mulheres, na protecção das minorias e políticas externas mais fechadas.
Na propriedade de Mar-a-Lago, na Florida, o ambiente foi diametralmente oposto. A noite foi de euforia junto dos apoiantes republicanos, satisfeitos por conseguirem eleger Trump pela segunda vez em menos de uma década. Foi vingada a derrota contra Joe Biden em 2020, com o novo Presidente a ter agora "carta-branca" para governar o país, visto estar muito perto uma conquista simultânea do Senado e Câmara dos Representantes.
A tomada de posse de Donald Trump será em Janeiro de 2025, num evento a ter lugar no Capitólio, em Washington. Joe Biden passará o poder ao candidato que derrotou em 2020, depois de se ter afastado da corrida presencial norte-americana de 2024 após pressões internas do partido.