Um Outro País: James Baldwin e o grande dilema americano

As relações inter-raciais a partir da paixão, da inveja, da sexualidade, na Nova Iorque dos anos 60.

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Um Outro País (1962), de James Baldwin, conhece agora versão portuguesa Anthony Barboza/Getty images
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Poucos autores souberam, como James Baldwin (1924-1987), pôr em literatura toda a contradição de sentimentos em relação ao seu país e ao que era ser e sentir-se americano. Negro do Harlem no tempo que antecedeu e deu origem ao movimento dos Direitos Civis, de que também seria protagonista, filho ilegítimo, pobre, homossexual, Baldwin tinha em si todos os traços que socialmente o remetiam para a margem. E ao mesmo tempo tinha a força para se rebelar contra essa imposição vinda de fora, a que o situava num lugar de não pertença. Foi nessa falha moral que apontou ao seu país que se construiu como escritor e que situou a sua literatura.

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