Há festa em Monsanto para comemorar os 90 anos do parque florestal

Nesta sexta-feira haverá actividades gratuitas no Parque Florestal de Monsanto para se celebrar a sua criação. Uma caminhada e um mural participativo estão na lista.

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Uma das actividades será no Espaço Biodiversidade, que costuma estar vedado ao público Nuno Ferreira Santos
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1 de Novembro de 1934: esta é data em que foi promulgado um decreto-lei a propor a criação do Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa. É este o feito que se vai comemorar durante esta sexta-feira com diferentes actividades gratuitas. O dia acaba por ser uma forma de celebrar um parque florestal que ocupa, com os seus mais de 1000 hectares, cerca de 10% do concelho de Lisboa, que tem 10.000 hectares, e contribui para a qualidade ambiental da cidade.

“Vai ser um dia de celebração”, antevê Pedro Martins, chefe de Divisão de Gestão do Parque Florestal do Monsanto e de Sensibilização Ambiental da Câmara Municipal de Lisboa, que indica que essa comemoração já tinha começado com outras actividades desde Setembro. “É um dia para sublinhar a importância do Parque Florestal de Monsanto e as suas diferentes ofertas, tornando-o cada vez mais atractivo para a comunidade.”

Duas das actividades serão na Alameda Keil do Amaral. A primeira, das 9h30 às 11h, será uma caminhada de cinco quilómetros, num percurso circular. Além da actividade física, haverá sensibilização ambiental. É um evento aconselhado para famílias e, ao longo do percurso, poder-se-á plantar uma árvore. Das 10h às 12h30, haverá uma actividade com estafetas duplas de 15 quilómetros. Para ambos os eventos terá de ser feita inscrição prévia.

Muitas das restantes actividades serão realizadas perto do Centro de Interpretação de Monsanto. Às 14h será inaugurada a exposição PFM, 90 Anos de História, que apresenta fotografias antigas do parque florestal. Será feita uma visita-guiada com a história de Monsanto.

Também às 14h será feita uma apresentação de uma peça criada pelo artista Paulo Canilhas, que recolheu do parque florestal cerâmicas para a sua obra. Moradores do Bairro da Serafina mostrarão peças construídas com madeira do parque e funcionários da Câmara de Lisboa terão a exposição Reutilizar com Arte no interior do centro, que pode ser vista até 8 de Novembro. Se gosta de histórias, haverá uma conversa com moradores e visitantes do parque das 17h30 às 18h30. Nesse momento, serão contados mitos e lendas deste lugar da cidade.

Esta sexta-feira será também uma oportunidade para visitar o Espaço Biodiversidade, que está vedado ao público. A visita incluirá a libertação de um animal silvestre, que foi recuperado no Centro de Recuperação de Animais Silvestres (LXCRAS), que está instalado no Espaço Biodiversidade. A inscrição para a actividade deve ser feita através do e-mail monsanto.inscricoes@cm-lisboa.pt.

Entre as actividades, está ainda a pintura participativa de um mural ligado à protecção do ambiente. O ponto de encontro é a entrada da zona vedada do Centro de Interpretação de Monsanto, a partir das 15h15, e terá de ser feita a inscrição para o e-mail monsanto.inscricoes@cm-lisboa.pt. Entre as 16h e as 17h30, também será realizado um magusto popular, onde será apresentado o nome da mascote de Monsanto. Haverá um momento musical e o corte do bolo do aniversário dos 90 anos do parque.

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A programação do dia do aniversário termina com o espectáculo Arboreus, às 19h30. A proposta, que tem como promotor a Associação Ordem do Ó, é uma performance artística imersiva na floresta, em que se conjugará a arte e a natureza.

As comemorações não terminarão aqui, como o sugere Catarina Freitas, directora municipal do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara Municipal de Lisboa. A sua ideia é que os próximos dez anos sejam uma oportunidade para que as pessoas passem a conhecer melhor o parque. Além de actividades, estão a ser feitas intervenções ou avaliadas algumas medidas, como a reabilitação do Edifício Panorâmico, que está em avaliação; um estudo prévio de um ecoviaduto sobre a A5; ou o estudo da instalação de uma rede de videovigilância no parque como instrumento de prevenção de fogos florestais.

“Os propósitos que, de alguma forma, presidiram à criação deste parque em 1934 mantêm-se válidos, como um pulmão verde da cidade ou uma área de lazer e usufruto que permitisse melhorar a saúde física das pessoas”, considera a directora municipal.

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