Dois anos depois, Adidas e Ye chegam a acordo

O fabricante alemão de vestuário desportivo cortou relações com o rapper e designer Ye, na sequência de uma série de comportamentos considerados ofensivos, incluindo comentários anti-semitas.

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Kanye West num comício de apoio a Donald Trump, em 2020, na Carolina do Sul RANDALL HILL/Reuters
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A Adidas chegou a um acordo extrajudicial com o rapper Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, dando por encerradas todas as queixas relacionadas com a sua decisão de pôr termo à sua parceria, há dois anos.

“Ambas as partes disseram que não precisam de continuar a lutar e retiraram todas as queixas”, declara o director-executivo Bjorn Gulden aos jornalistas, citado pela Bloomberg. O acordo não inclui quaisquer pagamentos. “Já ninguém deve nada a ninguém. Portanto, o que quer que tenha existido, passou à história”, acrescenta.

O fabricante alemão de vestuário desportivo cortou relações com o rapper e designer Ye, na sequência de uma série de comportamentos considerados ofensivos, incluindo comentários anti-semitas que aquele proferiu. Segundo os analistas, a linha Yeezy, criada em 2013, representava cerca de metade dos lucros totais da Adidas antes daquela decisão.

Foi em Outubro de 2022 que o cantor proferiu comentários anti-semitas que incitavam à violência. Antes disso, já tinha envergado uma T-shirt com a expressão associada aos movimentos supremacistas brancos, "White Lives Matter", por oposição ao mote "Black Liver Matter", o que já tinha deixado a Adidas de sobreaviso. Antes disso, a Gap decidiu rescindir contrato com o artista e, depois destas atitudes foi a vez de a Balenciaga declarar que não voltaria a fazer qualquer parceria com Ye.​

Após o fim da parceria com a Adidas, a empresa ficou com cerca de 1,2 mil milhões de euros de sapatos e artigos Yeezy nos seus armazéns, e, desde então, tem vindo a vendê-los gradualmente. A marca espera ter este capítulo fechado até ao final deste ano.

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