Alberto Ribeiro de Almeida com pastas de Economia e Direito na Organização Internacional da Vinha e do Vinho
Alberto Ribeiro de Almeida, actualmente à frente do gabinete jurídico do IVDP, foi eleito presidente da Comissão III (Economia e Direito) da Organização Internacional da Vinha e do Vinho.
Alberto Ribeiro de Almeida, que actualmente coordena o gabinete jurídico do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, foi eleito presidente da Comissão III da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), um grupo de trabalho responsável pelas áreas de Economia e Direito dentro desta organização intergovernamental.
A eleição do português decorreu na última assembleia geral da OIV, que se realizou em Dijon no passado dia 18 de Outubro e onde também se elegeu a nova presidente do organismo, Yvette van der Merwe.
"Esta eleição representa uma honra para o organismo e para o país, dado o profundo conhecimento de Ribeiro de Almeida nas matérias de direito e economia aplicadas ao sector. Este será um momento decisivo para acompanhar as importantes transformações em curso na fileira do vinho, uma vez que a presidência da Comissão está entregue a uma figura de reconhecido mérito, com vasta experiência e domínio da legislação nacional e europeia”, refere, num comunicado enviado às redacções, Gilberto Igrejas, presidente do IVDP.
No mesmo comunicado, enviado pelo IVDP, é citado também Bernardo Gouvêa, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e delegado nacional na OIV, que nota que Alberto Ribeiro de Almeida “tem desempenhado uma função de primordial importância, para o sector nacional e europeu, como Coordenador do Grupo de Peritos Nacionais de Economia e Legislação da CNOIV e como presidente, nos últimos dois anos, do grupo de peritos Law and Consumer Information da OIV", e que a sua eleição "é mais um marco assinalável da presença e do contributo notáveis de Portugal junto desta organização”.
Com a eleição de Ribeiro de Almeida, a expectativa de Portugal será reforçar agora a sua posição na "liderança das discussões globais em torno das questões económicas e jurídicas ligadas ao sector do vinho, num contexto de grande dinamismo e mudança no cenário vitivinícola mundial". Leia-se: num contexto em que o consumo de vinho a nível mundial tem vindo a cair, nomeadamente nos vinhos com mais grau alcoólico, tintos e doces / fortificados, com as consequências nefastas que daí resultam para a indústria.
Já Yvette van der Merwe, eleita para um mandato de três anos, é economista e especialista em novas tecnologias de informação, com uma carreira de "quase três décadas de dedicação à indústria vitivinícola sul-africana". "A primeira presidente africana da OIV, Van der Merwe, inaugura um novo século na OIV", destaca-se numa notícia publicada no site da organização.
Tendo-se juntado à delegação sul-africana na OIV em 2000, Yvette van der Merwe "ocupou vários cargos importantes na organização", pode ler-se na mesma fonte, e foi nos últimos dois anos presidente da Comissão III, a mesma que agora será liderada por Ribeiro de Almeida.
A OIV actua como fórum de referência para questões científicas, técnicas, económicas e jurídicas do sector vitivinícola e promove a cooperação entre países produtores de vinho, com o objectivo último de apoiar o desenvolvimento sustentável da vinha e do vinho. Fundada em 1924, tem hoje 51 Estados-membros, sendo que Portugal é um dos países fundadores da organização.