Em Viana do Castelo, as marés passam calmamente pelas janelas do Flor de Sal

O hotel, já com duas dezenas de anos de vida à beira-mar, passou a integrar o grupo The Editory Collection Hotels. Uma mais-valia: os hóspedes podem usufruir do ginásio e piscinas do clube Solinca.

O hotel Flor de Sal é um quatro estrelas
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O hotel Flor de Sal é um quatro estrelas DR
Fachada do hotel de Viana do Castelo
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Fachada do hotel de Viana do Castelo DR
Há quartos com vista para o mar e outros para a montanha
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Ao todo são 60 quartos, uns com vista de mar, outros com vista para o Monte de Santa Luzia DR
A penthouse tem vista para o mar
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A penthouse tem vista para o mar DR
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É Verão, mas a chegada a Viana do Castelo faz-se debaixo de uma chuva miudinha, daquela que aborrece e não deixa ver a cidade à noite, só uns borrões de luz aqui e ali. O Hotel Flor de Sal fica numa zona não muito longe do centro, mas só na manhã seguinte conseguimos confirmá-lo. Não é uma referência nova - o espaço está a funcionar há duas dezenas de anos -, mas foi recentemente adquirido pelo grupo The Editory Collection Hotels, da Sonae, o mesmo grupo que detém o PÚBLICO. Trata-se do 11.º hotel, a nível nacional.

O quarto é grande e despojado de luxos, com uma decoração simples onde predominam os tons cinzas e encarnados, mas é a enorme janela para uma pequena varanda, que domina. As luzes do hotel deixam ver as rochas cheias de algas e de vida que se espraiam à nossa frente. Debruçados na varanda, há mar por todo o lado. Um mar chão, de maré baixa, que é outro na manhã seguinte, não deixando ver uma única rocha, mas só azul, um azul triste por causa da chuva.

O programa de ir à praia — que nunca poderia ser ali à frente, avisa o recepcionista, aconselhando as praias de Cabedelo ou de Moledo, uma para sul e outra para norte, respectivamente, viagens que não podem ser feitas a pé, mas de carro — fica esquecido pois a chuva não abranda. É com vagar que tomamos o pequeno-almoço no restaurante Saleiro, com vista também para o mar. A esplanada está fechada por motivos óbvios, os meteorológicos, mas em dias de bom tempo, as refeições podem ser tomadas do lado de fora, com o barulho do mar por companhia.

O serviço é simpático e familiar, sem ser intrusivo, e ficamos a saber que, durante a semana, há um menu de almoço executivo. O hotel está "vocacionado para o lazer, mas apresenta uma forte componente corporativa ao disponibilizar quatro salas de reuniões — uma delas com capacidade até 200 pessoas em plateia —, com vista-mar e luz natural, ideais para a realização de conferências e convenções", diz o comunicado à imprensa. Além dos hóspedes, ao almoço, de segunda a sexta-feira, o menu executivo é "escolha de um amplo leque de empresas que se encontram nas proximidades do hotel", informa Isabel Tavares, directora-geral de vendas e marketing da Editory Collection Hotels.

​À Fugas, a directora-geral de vendas e marketing explica ainda que pela sua localização próxima da Galiza e da cidade do Porto, o hotel regista uma procura de clientes business mas também de lazer, "maioritariamente nacionais e espanhóis, que privilegiam a localização entre a montanha e o mar, numa cidade tranquila e atractiva, próxima de outros destinos igualmente apelativos para visitas ao longo da estadia", acrescentando que uma das características é a fidelização, ou seja, clientes que voltam uma e outra vez.

Um vizinho chamado ginásio

A escolha é sair para a rua e caminhar, mesmo com a chuva miudinha. Ainda há tempo para espreitar o ginásio e a piscina interior que serve o health club Solinca, povoada, naquele sábado de manhã, de crianças que marcam presença nas aulas de natação. Os vienenses chegam nos seus carros, com os seus filhos, e nós partimos, a pé, aproveitando uma aberta para chegar ao centro da cidade. Mal saímos, é só levantar a cabeça e lá está, no cimo do Monte de Santa Luzia, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus. Pelo caminho, paramos no santuário de Nossa Senhora da Agonia e imaginamos o terreiro em frente ao monumento cheio das gentes da romaria, em Agosto, com as mulheres vestidas a rigor e cheias de ouro das orelhas ao colo.

"Apesar de o Solinca funcionar de forma independente do hotel, os hóspedes podem usufruir de todas as valências do clube como piscina interior, ginásio, aulas de grupo, entre outros, no horário de funcionamento do ginásio. Este complemento está incluído no valor da tarifa", informa Isabel Tavares, reforçando que o bem-estar é "uma premissa que faz parte do destino Viana do Castelo e, naturalmente, do hotel Flor de Sal, não só nas comodidades dos quartos - cerca de 30 com vista mar com varanda -, como também nas valências de ginásio e ainda de Spa com piscina interior aquecida com vista para o mar".

Ao jantar a carta apresenta pratos da gastronomia tradicional minhota, com um toque de modernidade. A responsável recomenda o "famoso Bacalhau à Vianense", que diz ser um "prato obrigatório para quem deseja explorar a rica tradição da cozinha local". Se quiser uma refeição mais leve, há uma carta de snacks no bar. E a atenção dos empregados de mesa permanece a mesma, sempre com todo o cuidado e muita delicadeza.

Recentemente, o hotel foi alvo de investimentos de renovação e reconversão energética, cumprindo o compromisso de sustentabilidade da marca The Editory: “O Hotel Flor de Sal é uma referência no Norte do País e, para a nossa marca, é estratégico integrar esta unidade em Viana do Castelo. O hotel está perfeitamente estabelecido no destino e é amplamente reconhecido pela qualidade do serviço prestado, que representará a chancela nos seus quatro pilares – a arte, a hospitalidade, a sustentabilidade e o local”, destaca Isabel Tavares.

Sobre a sustentabilidade, especifica que no dia-a-dia, é feita uma "gestão equilibrada" de recursos. "Temos implementado procedimentos de separação e reciclagem de resíduos, incluindo óleo alimentar, e fomos recentemente o parceiro-piloto do projecto “A Tip For Nature", promovido pela Associação dos Industriais de Vidro De Embalagem (AIVE) e pela FEVE - The European Container Glass Federation, que tem como objectivo aumentar a quantidade de vidro recolhido", orgulha-se a responsável.

À chegada ao quarto, os cortinados já estão fechados, mas há que os abrir para confirmar um mar em tons esverdeados a ondular, embora a chegada das ondas não se oiça porque as janelas não deixam. No dia seguinte, o sol aparece e as cores mudam para um azul alegre. Tudo muda.


O Fugas dormiu a convite do Hotel Flor de Sal

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