Fotogaleria
Uma raposa destemida e outros momentos mágicos no Iris
O concurso Iris - Festival de Imagem de Natureza do Gerês contou com a submissão de mais de 800 imagens de cerca de 200 fotógrafos portugueses e estrangeiros.
Durante várias noites da Primavera e do Verão de 2023, Ricardo Lourenço acompanhou uma pequena raposa, que acabou por se tornar a protagonista da fotografia vencedora (categoria Vida Selvagem) do concurso IRIS - Festival de Imagem de Natureza do Gerês.
A imagem foi captada nas proximidades de Degolados, Campo Maior, durante uma das longas sessões que dedicou a retratar este mamífero. "Esta raposa era a mais destemida entre quatro irmãos que partilhavam o mesmo território", contou à Fugas o fotógrafo de natureza, 41 anos (Portalegre). "Todas as noites, após o pôr-do-sol, estas fascinantes criaturas surgiam para patrulhar uma área de montado, rica em aves e pequenos roedores. O local, que incluía uma passagem de água, que se encontrava seca, era frequentemente visitado por esse curioso animal permitindo-me realizar esta silhueta."
O concurso, cujos vencedores foram revelados este domingo, surge integrado no Festival de Imagem de Natureza do Gerês, cuja quarta edição se realizou em Terras de Bouro, e contou com a submissão de mais de 800 imagens de cerca de 200 fotógrafos portugueses e estrangeiros.
O vencedor na categoria Paisagens Naturais foi Tiago Marques, e Pedro Ribeiro, "fotógrafo de natureza por prazer", foi o autor da melhor fotografia no Parque Nacional da Peneda-Gerês, "momento mágico" conseguido numa visita de quatro dias ao Parque no Outono de 2022. "O tempo estava invernoso no Parque de Albergaria, um bosque-relíquia de medronheiros, o que conferiu à natureza brilhos especiais a juntar à composição de linhas diagonais e à vegetação exuberante", descreveu à Fugas o fotógrafo e designer de Seia (41 anos). "A mensagem é preservar a floresta e plantar espécies autóctones", sublinha Pedro Ribeiro a propósito desta foto e de todo o seu trabalho.
No concurso de vídeo (curtas), o primeiro prémio foi para Ângelo Jesus com o filme Noroeste.