Sobreviventes de José Barahona: naufragar é preciso

Não é iconoclasta nem absurdista. Antes, um filme solene e enfático, reconfigurando um cinema sobre a conversa e a discussão que estamos a ter sobre a História portuguesa.

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O filme Sobreviventes, de José Barahona, estreia-se esta quinta-feira nas salas de cinema portuguesas
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Numa época em que não havia o "politicamente (in)correcto", porque os filmes se limitavam a "ser"... políticos, incorrectos... houve coisas como Hell in the Pacific (1968), de John Boorman, La Cagna/Liza, a Submissa (1972), de Marco Ferreri, ou Travolti da un insolito destino nell'azzurro mare d'agosto/Insólito Destino (1974), de Lina Wertmüller. Histórias de personagens e também de ideias que, por se passarem num espaço geográfico claustrofóbico, uma ilha, levavam à exacerbação das relações e das convenções, violentando o edifício, fazendo-o ruir — desejando, no fundo, que a sociedade explodisse ou implodisse. E, com isso, talvez, o próprio cinema...

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