OE2025: Ventura rejeita ser plano B de Montenegro, mas admite voltar a conversar

O líder do Chega - que se retirou das negociações para o OE2025 em Agosto - tem vindo a apresentar condições para viabilizar as contas públicas do próximo ano.

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O líder do Chega retirou-se das negociações para o OE2025 em Agosto Nuno Ferreira Santos
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André Ventura rejeita ser um plano B do Governo mas admite voltar a reunir-se com Luís Montenegro para debater o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) caso as negociações do executivo com o PS falhem. No entanto, o presidente do Chega deixa a ameaça de que nesse cenário poderá já ser tarde para evitar uma crise política.

Se a reunião entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro não permitir a viabilização do OE2025, André Ventura diz que "provavelmente" voltará a "falar" com Luís Montenegro, assumiu o líder do Chega, em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, no Parlamento. "Isso quer dizer que o Chega mudará de posição ou terá um plano B? Não", respondeu, deixando a dúvida sobre se pode, ou não, servir como uma segunda opção para o executivo da AD.

"Portanto, se amanhã [sexta-feira], a reunião com o PS não permitir uma viabilização do Orçamento, o provável é que haja uma nova reunião entre o Chega e o primeiro-ministro. Provavelmente essa reunião com o Chega será para dizer isto: Luís [Montenegro], o tempo acabou e acho que o relógio chegou ao seu ponto final", disse Ventura, apontando que há uma só "solução" para tal cenário: "Todos sabem qual é essa solução, mesmo que não gostem", disse, numa aparente alusão a nova crise política.

Na terça-feira, André Ventura garantia que, para receber o apoio do Chega, o OE2025 deve contemplar algumas exigências do partido: "A descida do IRC, a equiparação plena do suplemento de missão das polícias e o reforço dos meios de combate à corrupção." Uma declaração feita um dia depois de Ventura se ter reunido com Montenegro em São Bento, encontro de que só se teve conhecimento após ser noticiado pela CNN.

Entre avanços e recuos – André Ventura anunciou que se retirava das negociações para o OE2025 em Agosto e, em Setembro, Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, admitiu que o partido estaria disponível para negociar se o PS fosse excluído –, o Chega já apontou também um referendo à imigração enquanto outra exigência. O Governo rejeitou essa possibilidade, mas as medidas sobre imigração, aprovadas esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, deverão ser bem acolhidas pelo Chega.