Reino Unido pede a britânicos no Líbano que “saiam imediatamente” e mobiliza tropas
Governo britânico garante apoio a cidadãos britânicos no Líbano, “caso a situação se agrave”. Ataques de Israel ao país vizinho provocaram pelo menos 569 mortes esta semana.
O Reino Unido vai destacar centenas de soldados para Chipre para ajudar à retirada da população britânica no Líbano, na sequência da escalada da violência na região, após meses de conflito entre as Forças de Defesa de Israel e o Hezbollah. Governo deixa um apelo aos cidadãos nacionais: “Saiam tão rápido quanto possível.”
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido anunciou que cerca de 700 militares chegarão a Chipre nas próximas horas, à medida que são executados planos de contingência para apoiar os cidadãos britânicos no Líbano e na região. Se necessário, a Força Aérea também disponibilizará aviões e helicópteros para apoiar a população.
“Os acontecimentos das últimas horas e dias demonstraram a volatilidade da situação e é por isso que a nossa mensagem é clara: os cidadãos britânicos devem sair imediatamente”, afirmou o ministro da Defesa do Reino Unido, John Healey.
“Continuamos a instar todas as partes envolvidas a recuar no conflito para impedir a perda trágica de mais vidas”, apelou ainda. “O nosso Governo está a assegurar que tudo está a ser feito para apoiar os cidadãos britânicos, caso a situação se agrave.”
Só desde segunda-feira ataques israelitas em território libanês mataram pelo menos 569 pessoas, incluindo 50 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Mais de 1800 ficaram feridas, no dia mais mortífero no país desde o final da guerra civil, em 1990.
Israel diz estar a atacar o movimento xiita libanês Hezbollah e não o Líbano, mas entre as vítimas mortais provocadas pelas ofensivas israelitas contam-se civis, mulheres, crianças e profissionais de saúde. “Não deixem que o Líbano se transforme noutra Gaza”, apelou esta terça-feira o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na 79.ª Assembleia Geral da ONU.