Único e misterioso colar de diamantes do século XVIII em leilão na Sotheby’s

Proveniente de uma colecção privada asiática, a jóia, avaliada entre 1,7 e 2,5 milhões de euros, estará à venda a 11 de Novembro, em Genebra, mas as licitações arrancam online a 25 de Outubro.

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Composto por três fiadas de diamantes, terminando numa borla de diamantes em cada extremidade, o colar, será apresentado ao público pela primeira vez em 50 anos Sotheby’s
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A casa de leilões Sotheby’s anunciou, nesta segunda-feira, a venda de um impressionante colar composto por 500 diamantes datado do século XVIII, uma peça de domínio técnico inigualável para a época e com origens misteriosas.

Proveniente de uma colecção privada asiática, esta jóia estará à venda a 11 de Novembro, em Genebra, Suíça, mas as licitações ficarão disponíveis online já a partir do dia 25 de Outubro no site da leiloeira.

Composto por três fiadas de diamantes, terminando numa borla de diamantes em cada extremidade, o colar, que será apresentado ao público pela primeira vez em 50 anos, está avaliado entre 1,6 e 2,4 milhões de francos suíços (entre 1,7 e 2,5 milhões de euros).

“É uma descoberta maravilhosa, porque normalmente as jóias do século XVIII eram partidas para serem reutilizadas (...) Portanto, é absolutamente fabuloso ter uma peça intacta desta importância da era georgiana”, sublinhou à agência AFP Andrés White Correal, responsável da secção de joalharia da Sotheby’s.

“A jóia passou de família em família. Podemos recuar até ao início do século XX, quando fazia parte da colecção do marquês de Anglesey”, adiantou.

Diz-se que esta família de aristocratas usou a jóia duas vezes. Uma vez durante a coroação do rei Jorge VI (1937) e a segunda durante a coroação da rainha Isabel II (1953), filha mais velha de Jorge VI. As certezas em torno deste objecto terminam aí e surgem as dúvidas, sobretudo acerca da sua origem.

Para a casa de leilões, uma jóia antiga tão impressionante só poderia ter sido criada para uma família real. Também teria “provavelmente sido criado durante a década anterior à Revolução Francesa”.

A Sotheby’s realçou “que alguns dos diamantes desta jóia provêm do famoso colar ligado ao “caso do colar”, uma fraude que ocorreu de 1784 a 1786 envolvendo o roubo de um rio de diamantes, que supostamente chegaria a Maria Antonieta.

Mas a leiloeira admite ao mesmo tempo que, até à data, nenhuma fonte histórica valida esta hipótese.

Sobre a origem dos diamantes, a Sotheby’s acredita que são “provavelmente provenientes das lendárias minas da Golconda”, localizadas no Sul da Índia.

Os diamantes destas minas são ainda hoje considerados os mais puros e deslumbrantes alguma vez extraídos.

O colar estará em exposição pública em Londres até 25 de Setembro. Iniciará então uma digressão que o levará a Hong Kong, Nova Iorque e Taiwan.