Homem e mulher feridos no incêndio de Albergaria-a-Velha morreram

Mortes resultantes de queimaduras sofridas no fogo que lavrou no distrito de Aveiro na última semana elevam para nove o total de vítimas mortais dos incêndios que atingiram o país este mês.

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Incêndio em Macinhata do Vouga, em Albergaria-a-Velha, a 16 de Setembro LUSA/PAULO NOVAIS
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Um homem e uma mulher do concelho de Albergaria-a-Velha morreram esta segunda-feira, 23 de Setembro, na sequência de queimaduras sofridas no incêndio que lavrou no município do distrito de Aveiro na semana passada, disse o vice-presidente da autarquia.

Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, Delfim Bismark, trata-se de um homem que residia em Vila Nova de Fusos, União de Freguesias de Albergaria-a-Velha e Valmaior, e de uma mulher de Frossos.

O autarca referiu que a mulher, de 81 anos, que estava internada no hospital de Coimbra, morreu na madrugada desta segunda-feira.

O incêndio rural que deflagrou no dia 16 deste mês em Albergaria-a-Velha deixou desalojadas pelo menos 40 famílias e causou danos em seis empresas, disse na sexta-feira o presidente da câmara.

O fogo entrou em fase de resolução na quarta-feira passada, causando até então a morte a duas pessoas, "um idoso que sofreu um enfarte" e um cidadão brasileiro de 28 anos cujo corpo foi encontrado carbonizado.

A Lusa contactou esta segunda-feira a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), que disse desconhecer o registo de mais mortes além das que foram anunciadas na semana passada.

Uma fonte do organismo indicou que, com o fecho das ocorrências, a entidade deixou de acompanhar o estado dos feridos.

Com as duas mortes agora ocorridas, sobe para nove o número de vítimas mortais dos incêndios rurais que atingiram desde o dia 15 sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A ANEPC contabilizou até sexta-feira, além de 120 feridos, cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

Os incêndios florestais consumiram entre os dias 15 e 20 de Setembro cerca de 135 mil hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147 mil hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.