Margarida II da Dinamarca já recebeu hospitalar e está de regresso ao Palácio de Fredensborg, informou a casa real dinamarquesa nesta sexta-feira através do Instagram. Contudo, a rainha emérita terá de passar “um longo período” de baixa por ter lesionado uma vértebra do pescoço e fracturado a mão, na sequência da queda que levou ao seu internamento nesta quarta-feira.
“Como resultado da queda, a mão esquerda está engessada e a rainha terá de usar um colar cervical durante os próximos meses”, detalha o mesmo comunicado. Todavia, a casa real garante que Margarida de 84 anos está “bem-disposta” e a “recuperar bem tendo em conta as circunstâncias”. E avisam: “Isto também significa que a presença da rainha numa série de compromissos será cancelada nos próximos tempos”.
A mãe de Frederik X foi levada para o hospital Rigshospitalet, em Copenhaga, depois de ter caído em casa no serão de quarta-feira e esteve um dia internada para observação, sem motivo para preocupação, fez saber a porta-voz, Lene Balleby, à imprensa dinamarquesa.
Nesta quinta-feira, a monarca devia ter participado no 75.º aniversário do departamento de Arqueologia da Universidade de Aarhus. Ainda no início da semana, esteve na cerimónia de prémios Rungstedlund, que premeia anualmente quem se tenha distinguido numa das áreas de interesse de Karen Blixen ─ Margarida II é a patrona do museu dedicado à escritora dinamarquesa e e foi ela que desenhou os cenários da produção Ehrengard, a ninfa do lago para a Netflix, em 2021.
A 31 de Dezembro de 2023, durante a mensagem de Ana Novo, Margarida II anunciou que abdicaria do trono a favor do filho, Frederik, ao fim de 52 anos de reinado — era a rainha há mais tempo no trono na Europa, depois da morte de Isabel II. A (pouco comum) decisão de abdicar foi justificada com algum cansaço depois de uma cirurgia às costas em Fevereiro do ano passado. “A cirurgia naturalmente deu origem a alguma ponderação sobre o futuro, se era chegado o tempo para deixar a responsabilidade para a geração seguinte”, disse a monarca.
A 14 de Janeiro, Frederik X subiu ao trono ao lado da australiana Mary. “Espero que os novos rei e rainha sejam recebidos com a mesma confiança e devoção que me coube”, pedia Margarida, que sempre reuniu uma taxa de aprovação de mais de 80% nas sondagens sobre a monarquia.
Caso a recuperação seja total, Margarida, que tem mantido uma agenda real mais calma depois da abdicação, deverá regressar ao activo nos próximos meses com alguns eventos públicos ligados aos seus interesses pessoais, em especial as artes.