Hóquei: vitória pálida para Portugal no arranque do Mundial

Selecção nacional derrotou os EUA por 10-2 no primeiro jogo do grupo A, com uma exibição muito cinzenta. Seguem-se Angola e Argentina.

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Gonçalo Pinto apontou dois golos FPP
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Portugal fez metade do que lhe competia no arranque do Campeonato do Mundo masculino de hóquei em patins. Em Novara, Itália, a selecção nacional levou a melhor sobre os EUA, como se esperava, mas com uma exibição que ficou muito aquém do que se esperava. O primeiro jogo no Grupo A terminou com um 10-2, mas vai ser preciso fazer mais.

A diferença no marcador espelha, em parte, a diferença de qualidade e de ferramentas de um lado e do outro do campo (uma formação de profissionais contra um conjunto amador), mas não traduz a apatia da selecção portuguesa durante boa parte do encontro. Se, ao longo do primeiro tempo, o guarda-redes Didac Sánchez atrasou como pôde a vantagem de Portugal, o arranque do segundo foi inexplicável.

A jogar em 3x1, com João Rodrigues ou Gonçalo Pinto a fazerem o papel de interior, Portugal jogou sempre na meia-pista contrária, mas sentiu grandes dificuldades frente a um bloco muito baixo, muitas vezes com os quatro jogadores na zona da área norte-americana. A forçar muito o 1x1, o golo foi sendo adiado e chegou aos 14', por Gonçalo Pinto.

Percebia-se que, por si só, a qualidade individual e a intensidade (mesmo sem ser muito alta) acabariam por fazer mossa, mas era uma exibição cinzenta, com um 3-0 ao intervalo que não convencia. E o início do segundo tempo agravou a sensação, quando Alec Moyer, em cerca de um minuto, fez dois golos (jogada atrás da baliza e transição) e elevou o resultado provisório à dimensão de escândalo.

Com possibilidade de rodar a equipa sem perder rendimento, Paulo Freitas tirou partido da profundidade das escolhas e a margem foi-se alargando com naturalidade. Porque o desgaste dos EUA se foi agravando, porque João Rodrigues finalmente encontrou a baliza (quatro golos) e porque a pressão de cumprir os mínimos também se ia dissipando.

Contas feitas, Portugal entrou no torneio com uma vitória que não deixa de ser expressiva, mas que deu a conhecer problemas num contexto talhado apenas para soluções. Diante de Angola, na terça-feira (17h30, RTP), a exigência vai subir e atingirá o máximo, nesta fase, na quarta-feira, diante da actual campeã do mundo, a Argentina.

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