Augusto M. Seabra (1955-2024): uma memória sobrenatural, um curioso insaciável

A sua opinião era respeitada (e temida) no cinema, na música, no teatro. Dotado de uma memória enciclopédica, foi o crítico mais ecléctico da sua geração. E sem ele talvez não existisse o PÚBLICO.

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Augusto M. Seabra: um dos críticos culturais mais decisivos do pós-25 de Abril Pedro Martinho
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Com a morte, na madrugada desta quinta-feira, de Augusto M. Seabra, desaparece, aos 69 anos, um dos críticos culturais mais decisivos do pós-25 de Abril, um homem que aliava uma memória quase sobrenatural a uma insaciável curiosidade por todas as disciplinas artísticas, e cujos elogios e reservas eram respectivamente ansiados e temidos por criadores de áreas tão diversas como o cinema, a música erudita ou o teatro, para não falar dos sucessivos ministros da Cultura que zurziu sem piedade, a ponto de um deles, João Soares, lhe ter prometido “umas bengaladas” que fizeram ricochete e acabaram por ditar a sua saída do cargo.

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