Associações acendem “tocha olímpica” na Maternidade Alfredo da Costa para homenagear profissionais de saúde

Plataforma Lisboa em Defesa do SNS promove esta tarde uma acção de sensibilização junto à maternidade em Lisboa. É um alerta para a “dramática situação” na saúde. Manifestação começa às 16h.

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Acção junto à Maternidade Alfredo da Costa também é uma homenagem aos profissionais de saúde e um alerta para a crise no SNS Rui Gaudêncio
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A Plataforma Lisboa em Defesa do SNS vai realizar esta sexta-feira uma acção de sensibilização junto à Maternidade Alfredo da Costa (MAC) devido "à dramática situação que se vive" na saúde e nas maternidades da capital e de Setúbal. Representantes das associações e dos movimentos que integram a plataforma vão acender uma "tocha olímpica", no âmbito das "olimpíadas da saúde", intituladas "Defender o SNS e os seus Profissionais", pelas 16h, "para que os direitos das crianças e das mães não se apaguem".

Em declarações à agência Lusa, Fátima Amaral, do Movimento Democrático de Mulheres, explicou que a iniciativa acontece para homenagear o esforço dos profissionais de saúde que atendem todas as mulheres grávidas.

"Simboliza um exemplo de grande esforço empenho dos profissionais de saúde, no sentido de atenderem todas as grávidas que precisam de assistência e que têm acorrido a esta maternidade [MAC], perante o grave problema que estamos a viver em muitas maternidades desde país, nos distritos de Setúbal e Lisboa, com encerramento constante das urgências", salientou.

Para Fátima Amaral, trata-se de uma situação "muito preocupante" num momento em que "as grávidas precisam de segurança e tranquilidade".

Esperando contar com a participação de profissionais de saúde e de utentes, além dos activistas das organizações que compõem a plataforma, a porta-voz indicou que as "olimpíadas da saúde" vão terminar em Setembro "com uma grande acção de protesto dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde [SNS], mas também da população em geral e das mulheres, em particular".

Numa nota, a Plataforma Lisboa em Defesa do SNS recorda que "é inaceitável a quantidade de serviços de urgência encerrados, como a pediatria e obstetrícia, obrigando as grávidas a percorrer quilómetros de distância, à procura de uma vaga para a realização do direito a um parto seguro e tranquilo".

"Não é com baixas remunerações, carreiras inadequadas e más condições de trabalho que se consegue atrair e reter profissionais, nomeadamente, médicos e enfermeiros são empurrados para a emigração e para o sector privado", sustenta.

Além do Movimento Democrático de Mulheres, a plataforma integra a Comissão de Utentes da Cidade de Lisboa, Direcção Regional de Lisboa do Sindicato Enfermeiros Portugueses (SEP), Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI), Inter-Reformados de Lisboa, Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, Sindicato dos Médicos da Zona Sul, Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas do Sul e Regiões Autónomas, Sindicato Nacional dos Psicólogos, Comissão de Utentes da Amadora e Sintra e União dos Sindicatos de Lisboa (CGTP-IN).