Julho foi mês mais mortal para civis na Ucrânia em quase dois anos

Em quase dois anos que não morria tanta gente num só mês na guerra na Ucrânia. Nações Unidas alertam que o número de vítimas continua a aumentar por causa dos ataques aéreos russos.

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Socorristas trabalham no local de um ataque aéreo russo em Kryvyi Rih, Ucrânia, a 27 de Agosto Stringer / REUTERS
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O mês de Julho foi o mais mortal para civis na guerra entre a Rússia e a Ucrânia em quase dois anos, registando-se pelo menos 219 mortos e 1018 feridos, indicaram esta quinta-feira as Nações Unidas (ONU).

Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada pela Eslovénia e pelos Estados Unidos para discutir a situação política e de segurança na Ucrânia, o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para a Europa, Ásia Central e Américas, Miroslav Jenca, frisou que, "tragicamente", os números de vítimas continuam a aumentar, uma vez que cidades, vilas e aldeias em todo território ucraniano continuam a ser atingidas diariamente por mísseis, bombas e drones explosivos. "Não podemos permitir que a terrível devastação desta guerra seja normalizada", instou Jenca.

De acordo com o Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, desde 24 de Fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia em grande escala, 11.662 civis foram mortos — 639 deles crianças — e 24.207 civis ficaram feridos, sendo 1.577 crianças.

Nos últimos dois dias, centenas de mísseis e drones mataram pelo menos 11 pessoas e atingiram infra-estruturas de energia e outras de tipo civil em todo o país, com danos relatados em 15 regiões, apontou esta quinta-feira Jenca. "Esta vasta destruição agrava ainda mais o acesso já precário à energia e à água para milhões de pessoas", disse o representante da ONU.