Um assassino com qualidades: às vezes Genet, às vezes Rimbaud, outras vezes Jesus
Escrever, para Bruno Reidal, era dar vida ao frisson de matar. O realizador Vincent Le Port apontou a câmara à personagem à procura de uma explicação, de uma revelação.
Em Setembro de 1905, Bruno Reidal, 17 anos, seminarista de olhar fugidio e temperamento taciturno, mas bom aluno, degolou François Raulhac, de 12 anos. Logo depois entregou-se na prisão. Os médicos, especialistas da “ciência” da frenologia que já no século XIX começava a ser desacreditada, tiraram-lhe as medidas das saliências do crânio para nelas detectar as características mentais do assassino; para explicar o seu gesto.
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