“Sou um chato no trânsito. Sou horrível. Preciso de paciência”

Diogo Valsassina, actor, conta que teve um ataque de pânico em palco quando estava a fazer o Avenida Q.

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Diogo Valsassina é actor DR
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Que rede social mais usa? Já desistiu de alguma, e porquê?
Está entre Instagram e Twitter (recuso-me a chamar-lhe outra coisa). Nunca desisti de nenhuma. Na verdade, não ligo muito a redes sociais.

Já se arrependeu de alguma coisa que escreveu numa rede social? O quê?
Já. Teve que ver com futebol. Foi uma grande confusão e não vou repetir o que disse porque me arrependo. Mas não apaguei o tweet. Já que o disse, tenho de arcar com as consequências.

Tem a noção de quantos ex-amigos tem? Cinco? Dez? Ou nunca se zangou com um amigo?
Ex-amigos não tenho. Nunca me chateei com nenhum (a não ser parvoíces de adolescente facilmente resolvidas), mas o tempo e o trabalho fizeram com que me afastasse de alguns, infelizmente.

Qual é o elogio que menos gosta que lhe façam?
Não tenho nenhum. Tem mais que ver com a situação. Se, por exemplo, no meu trabalho me fizerem um elogio. E não é não gostar, é mais ficar sem jeito do que outra coisa.

Se pudesse viver no cenário de um romance literário, qual escolheria?
Adorava viver no Shire, do Senhor dos Anéis. Parece-me um sítio tranquilo.

Fora de Portugal, qual é o lugar onde se sente em casa? E porquê?
Eu costumo dizer que o único sítio onde me vejo a viver além de Lisboa é Quioto. Adorei aquela cidade. Mas também só lá fui uma vez, portanto, não tenho a certeza.

Qual o melhor conselho que lhe deram na vida?
Um muito simples: paciência. Tenho pouca, preciso de mais.

Em que situações se considera um “chato”?
No trânsito. Sou horrível. Lá está, preciso de paciência.

Tem algum vício que gostaria de não ter? E um de que se orgulhe?
Fumar. Gostava muito de não o fazer. E orgulho-me de tocar guitarra todos os dias ou de, pelo menos, ouvir música. Não posso passar um dia sem.

Diga o nome de três portugueses vivos que admira (não vale a sua mãe nem o seu pai).
A minha avó (risos). Tem de ser, sou a pessoa que sou muito graças a ela. Rúben Amorim. Mais um que tem de ser. Sou um sportinguista feliz graças a ele. E a Ana Guiomar, quem a conhece sabe porquê.

Já teve algum ataque de ansiedade? Em que circunstâncias?
Tive um ataque de pânico em palco quando estava a fazer o Avenida Q. Não foi pelo espectáculo em si mas sim porque estava extremamente cansado a fazer espectáculo e novela ao mesmo tempo e foi muito pouco tempo depois da partida do meu pai.

E já se sentiu profundamente exausto? Foi burnout?
É ver a resposta acima.

Se lhe pedissem conselhos para uma relação amorosa feliz, o que é que dizia?
Não dou. Não faço ideia de como é que tenho uma relação tão longa. Mas normalmente o que digo quando me pedem é paciência. Lá está ela outra vez.

É vegetariano, vegan, faz alguma dieta especial? Porquê?
Não sou.

Qual foi o último filme que viu? E qual foi o último de que gostou?
O último foi o último do Caça-Polícias, que, pronto, me manteve entretido. O último de que gostei a sério foi o Dune, parte 2.

Qual o seu maior arrependimento?
Não ter dito tudo o que devia ao meu pai.

Qual foi a última vez em que se surpreendeu?
Quando estive a gravar a série Salto de Fé. E em que percebi que tenho efectivamente uma boa ética de trabalho e que aguento muito mais do que provavelmente pensava. E que, mesmo a trabalhar que nem um louco, sou feliz. Ah! E quando o Geny Catamo marcou o golo ao Benfica em Alvalade aos 92.

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