André ViaMonte apresenta Orenda com um videoclipe gravado com Katia Guerreiro

O compositor e musicoterapeuta André ViaMonte está a preparar um novo álbum, o terceiro, que terá por título De Vez e deverá ser publicado em Outubro deste ano. Mas antes desenvolveu um projecto a que chamou Orenda, palavra indígena “que representa uma força vibrante presente em todos nós, que tem a capacidade de mudar o nosso destino e de transformar o mundo”, conforme se explica no texto que acompanha o seu lançamento. Com um total de 6 faixas repartidas por três capítulos (As Above, Core e So Bellow), Orenda conta com participações de Bruno Huca, Orlanda Guillande, Ana Cosme, Rui Sidónio e Katia Guerreiro. E é precisamente a faixa onde esta fadista participa, Terra serena (do capítulo As Above) que aqui se estreia, videoclipe. Não é uma canção, é uma música com vocalizos. “Não cantei, não criei, só libertei o sentimento no caminho aberto pela sua criatividade”, explica Katia no texto que acompanha o videoclipe. “Ainda não consigo dizer que foi fácil, nem sei se alguma vez direi. É! A música até isto pode fazer. Cura, devolve, envolve, defende e protege. E, aqui, sem uma palavra, a história é também a de cada um.” ViaMonte, por sua vez, afirma: “Escolhi a voz como canal primordial, e achei ideal criar uma plataforma de música para as pessoas se poderem expressar.” Isto porque propõe uma viagem emocional: “Temos uma sociedade doente, que não se apercebe de que está doente, porque não se consegue expressar. A consciência sobre saúde mental é cada vez maior, porque há muitos mais casos de depressão, mas caímos sempre na falta de expressão emocional. Sabemos todos que somos movidos de emoções, mas não sabemos a importância de as expressar.”

Nascido em 1983 na Suíça, em Zurique, filho de emigrantes, André ViaMonte viveu depois em Singen, uma cidade do Sul da Alemanha, crescendo a ouvir diferentes sonoridades e culturas musicais, do folclore português ao fado, à ópera, ao jazz, à bossa nova, até vozes búlgaras. Compôs cedo os seus primeiros temas, acabando por firmar aos 22 anos, e já em Portugal, um lugar na música, enquanto se formava em musicoterapia. Tem dois álbuns a solo: VIA (2016) e MONTE (2019). Desde então, os temas que vai lançando respondem à actualidade, nacional e mundial. Em Maio de 2020, lançou Aqui, em resposta à pandemia da covid-19. Em Maio de 2022, após a invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin, publicou Deadfall, “contra a guerra ou todas as guerras que se possam perpetuar”. E em 2023 lançou em single e videoclipe Gentle Dawn, com a cantora Beatriz Nunes e o objectivo de assinalar o 25 de Abril com a ideia de que, “mais do que lembrar o passado, é importante resgatá-lo” criando “pontes emocionais entre gerações”; e a 10 de Junho, dia de Camões e das Comunidades, estreou o videoclipe de Leda Madrugada II, canção que no disco MONTE surge ligada tematicamente a Gentle Dawn, e que é baseada num soneto de Luís de Camões que já inspirara uma canção a José Mário Branco, no início da década de 70: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.