Adolfo Mesquita Nunes: “Antes de tudo sou uma pessoa, e isso basta-me”

O antigo deputado do CDS-PP diz ter grande dificuldade em embarcar em generalizações sobre como se comportam homens e mulheres, “porque cada um vive essa característica de maneira muito diferente”.

“Gosto de frisar sempre que, antes de tudo, sou uma pessoa, e isso basta-me”, diz Adolfo Mesquita Nunes, em mais um episódio do podcast Um Homem não Chora.

Hoje afastado das lides políticas, o advogado lamenta igualmente que as contradições que todos temos nem sempre sejam bem compreendidas, existindo actualmente uma tentação para “engavetar o ser humano em categorias identitárias”. Adolfo Mesquita Nunes aponta, de resto, uma contradição que diz observar: “As pessoas hoje são muito mais livres de expressar a sua individualidade. Mas, curiosamente, há cada vez mais pressão para estarem num molde.”

A propósito da desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres que ainda hoje subsiste, defende que as políticas públicas deveriam procurar “que o contexto de nascimento se tornasse o mais irrelevante possível”, estejam as diferenças de base relacionadas com o género do indivíduo, a sua raça, o seu meio socioeconómico ou qualquer outra característica.


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