Rui Rocha diz que Governo está a “criar um país armadilha” com IRS Jovem

Líder da IL diz que desemprego nas novas gerações “continua a ser elevado”, os salários “continuam a ser baixos” e as creches “continuam a faltar”

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Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal JOSÉ COELHO / LUSA
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O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, defendeu este sábado que as medidas direccionadas para os jovens "não resolvem os problemas essenciais" e que o Governo ao acenar com o IRS Jovem está a "criar um país armadilha" para as novas gerações.

"As últimas medidas que são de facto direccionadas para os jovens são medidas que não resolvem os problemas essenciais. Acenar com um IRS Jovem é criar um país armadilha para os jovens", afirmou. Na segunda edição do evento Jovens ao Interior, que decorreu no Peso da Régua, no distrito de Vila Real, Rui Rocha destacou que, apesar de o IRS ser mais baixo para os jovens até aos 35 anos, o desemprego nas novas gerações "continua a ser elevado", os salários "continuam a ser baixos" e as creches "continuam a faltar".

A medida do Governo prevê que jovens até aos 35 anos passem a pagar uma taxa de IRS entre 4,4% e 15%, sendo esta a taxa máxima aplicável a quem tenha rendimentos até ao 8.º escalão.

"Este país não é para jovens", observou, questionando que país pode estar satisfeito quando "um em cada quatro jovens vai estar desempregado". "A remuneração dos portugueses em geral é insuficiente, mas se olharmos aos jovens é particularmente preocupante", acrescentou Rui Rocha, lamentando ainda a falta de condições para os jovens que querem construir família em Portugal.

"Uma das formas mais fáceis de em Portugal se empobrecer é ter filhos", destacou.

Aos jovens presentes no encontro, o líder dos liberais afirmou ser intenção do partido "trazer e incentivar" o crescimento do país, garantindo que não irá abdicar de ter "um Portugal a crescer economicamente".

O líder da Iniciativa Liberal criticou ainda algumas das decisões do Governo liderado por Luís Montenegro, como "o medo de baixar o IRC" ou de baixar o IVA para o sector da construção, considerando que tal "vai correr mal".