EUA pressionam Israel a aceitar acordo de cessar-fogo em Gaza

Joe Biden recebeu Benjamin Netanyahu na Casa Branca. “Estamos mais perto de um acordo agora do que antes”, disse o porta-voz de segurança nacional dos EUA.

Foto
Joe Biden recebeu Benjamin Netanyahu na Sala Oval da Casa Branca Elizabeth Frantz / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
02:31

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Presidente dos EUA, Joe Biden, insistiu na necessidade de um cessar-fogo imediato na guerra em Gaza durante o encontro, esta quinta-feira na Casa Branca, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o primeiro frente a frente entre os dois líderes desde a visita de Biden a Israel depois do ataque do Hamas a 7 de Outubro.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que continuam a existir divergências entre Israel e o Hamas mas mostrou confiança em relação à possibilidade de um cessar-fogo: “Estamos mais perto agora do que antes.”

Kirby falou aos jornalistas enquanto Netanyahu se encontrava com Biden na Sala Oval para transmitir “quão profunda e fortemente o Presidente acredita que temos de conseguir este acordo sobre os reféns e conseguir um cessar-fogo, pelo menos para a primeira fase de seis semanas”, de acordo com a proposta israelita apresentada há várias semanas pelo próprio Biden.

“Hoje é o 293º dia em que estes reféns são mantidos pelo Hamas e temos de assumir que a sua situação é horrível”, sublinhou Kirby.

O porta-voz da Casa Branca sublinhou ainda a “necessidade crítica de estabilidade na Cisjordânia”. “Continuamos a assistir a actos de violência que o Presidente há muito descreveu como firmemente inaceitáveis”, disse, numa aparente referência à violência dos colonos israelitas. Em todo o caso, os EUA continuam “firmes” no seu compromisso com a segurança de Israel face às ameaças do Irão e dos seus aliados.

Também o Departamento de Estado sublinhou, através do seu porta-voz, Matthew Miller, os “progressos” registados nas negociações. “Fizemos progressos. Temos um quadro para um acordo. Agora precisamos de aproximar posições e chegar a um acordo para que tudo possa avançar”, explicou.

Antes do encontro entre Biden e Netanyahu, o Presidente dos EUA deu as boas-vindas ao primeiro-ministro de Israel para a que foi a sua primeira visita à Casa Branca desde que Donald Trump deixou a Presidência dos Estados Unidos, em Janeiro de 2021, e disse que os dois tinham “muito que conversar”, antes de passar a palavra ao chefe de governo israelita.

“Quero agradecer-lhe pelos 50 anos de serviço público e apoio ao Estado de Israel e estou ansioso por dialogar e trabalhar consigo nos próximos meses”, declarou Netanyahu.

O Presidente norte-americano recordou que o seu primeiro encontro com um chefe de governo israelita foi com Golda Meir, em 1973, pouco depois de ter sido eleito para o Senado, quando o actual primeiro-ministro tinha apenas 12 anos.

Na altura, disse que reparou que um dos conselheiros de Golda Meier que estava sentado ao seu lado era um “tipo” chamado Yitzhak Rabin, que a seguir foi primeiro-ministro até ser assassinado em 1995

Sugerir correcção
Ler 2 comentários