Lucinda Childs pisca o olho a Nijinski: Relative Calm no CCB
O Festival de Almada volta a apresentar uma colaboração da coreógrafa com o encenador Robert Wilson. Relative Calm, sexta e sábado no CCB, é um imperdível monumento minimalista.
Foi, como o punk, um fogacho. Ou um pequeno terramoto que logo se apaziguou (enquanto movimento), mas cujas réplicas se continuam a fazer sentir até hoje. Entre 1962 e 1964, um irrepetível grupo de coreógrafos, artistas visuais, compositores e cineastas tomou conta da Judson Memorial Church, na efervescente zona de Greenwich Village, Nova Iorque, e inventou uma nova expressão para a dança, cruzando todas estas diferentes práticas artísticas. Eram performances, lembrava o MoMa na exposição retrospectiva que dedicou ao Judson Dance Theater em 2018 (Judson Dance Theater: The Work Is Never Done), construídas “a partir de workshops que integravam os movimentos quotidianos – gestos retirados da rua ou de casa; estruturas baseadas em jogos, simples tarefas e danças sociais.” E em que a espontaneidade era uma ferramenta obrigatória, puxando o tapete, desequilibrando e levando a que o ballet clássico se estatelasse no chão.
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