Fritz, Musetti e De Minaur estreiam-se nos quartos-de-final de Wimbledon

Favoritismo de Elena Rybakina subiu mais um nível: a campeã de 2022 vai discutir um lugar nas meias-finais com a ucraniana Elina Svitolina.

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Taylor Fritz Paul Childs / REUTERS
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Pela primeira vez desde 2000, os EUA têm dois representantes nos quartos-de-final do torneio de singulares masculino de Wimbledon. Taylor Fritz assinou uma grande exibição para eliminar Alexander Zverev e juntou-se ao compatriota Tommy Paul. Mas o número um americano fez mais: pela primeira vez derrotou um adversário do top 5 numa prova do Grand Slam, no que pode vir a ser um ponto de viragem na carreira.

Fritz (12.º no ranking mundial) só enfrentou break-points no primeiro set e não acusou quando perdeu o tie-break do segundo set, demonstrando uma grande auto-confiança. E foi mantendo um nível elevado que eliminou Zverev (4.º), por 4-6, 6-7 (4/7), 6-4, 7-6 (7/3) e 6-3. “É incrível fazê-lo no court central depois de 0-2 em sets. Pensei que iria custar-me muito perder em três partidas a jogar tão bem. Acreditei que, se encarasse um set de cada vez, podia dar a volta”, afirmou Fritz.

Zverev, que tinha sido eliminado no Open da Austrália por Daniil Medvedev, também depois de liderar por 2-0 em sets, e derrotado na última final de Roland Garros por Carlos Alcaraz, também em cinco partidas, pode lamentar-se da lesão no joelho contraída no sábado, no confronto com Cameron Norrie, que o limitou na parte final do encontro.

Vitória "emocional" para Musetti

O próximo adversário de Fritz é Lorenzo Musetti, que, pela primeira vez, chega aos “quartos” de um torneio do Grand Slam. E será também a primeira edição de Wimbledon em que dois italianos estão simultaneamente nesta fase da prova. O italiano de 22 anos e compatriota de Jannik Sinner mostrou-se muito emocionado, após derrotar o francês Giovanni Mpetshi Perricard (58.º), por 4-6, 6-3, 6-2 e 6-2.

“Wimbledon sempre foi o meu torneio favorito, também porque vi muitas vezes o Roger Federer, meu ídolo desde criança, a jogar tão bem aqui. Muitas coisas vieram-me à cabeça, memórias de quando joguei aqui enquanto júnior... e o facto de estarmos a viver aqui numa casa, com a minha família e equipa, torna tudo ainda mais emocional. Foi uma vitória colectiva, não apenas minha, e deve ter sido a primeira vez que chorei no court”, explicou Musetti.

Também Alex de Minaur se vai estrear nos “quartos” de Wimbledon, cinco semanas depois de ter sido quarto-finalista em Roland Garros – esteve também nesta fase no US Open de 2020 –, tornando-se no terceiro australiano na Era Open a atingir os quartos-de-final de majors nas três superfícies distintas. De Minaur venceu Arthur Fils (34.º), por 6-2, 6-4, 4-6 e 6-3, e vai agora defrontar Novak Djokovic (2.º), que se qualificou para o 60.º quarto-de-final em majors (e 15.º em Wimbledon), após afastar Holger Rune (15.º), por 6-3, 6-4 e 6-2.

Kalinskaya abandona

No torneio feminino, Elena Rybakina reforçou o favoritismo depois de, na sua primeira visita este ano ao court central, ter ultrapassado Anna Kalinskaya (18.ª), que abandonou, a 6-3 3-0, devido a um problema no pulso direito.

A campeã de 2022 vai discutir um lugar nas meias-finais com a ucraniana Elina Svitolina (21.ª), que surgiu em campo com uma fita preta em homenagem às mais recentes vítimas no seu país. “Hoje, não foi fácil focar-me no encontro. Desde a manhã que tem sido difícil acompanhar as notícias. Fico feliz por poder jogar e ganhar”, revelou Svitolina, após derrotar a chinesa Xinyu Wang (42.ª), por 6-2, 6-1.

O outro quarto-de-final vai opor duas campeãs de Roland Garros: Jelena Ostapenko (em 2017) e Barbora Krejcikova (2021). Nos “oitavos”, Ostapenko (14.ª) venceu, por 6-2, 6-3, Yulia Putintseva (35.ª), que vinha de eliminar Iga Swiatek. E Krejcikova (32.ª), campeã em Wimbledon por duas vezes em pares femininos, derrotou, por 7-5, 6-3, Danielle Collins (11.ª), a disputar a sua última época no circuito profissional.

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