Aos 33 anos, Grigor Dimitrov continua sem querer perder

Zheng Qinwen, finalista no Open da Austrália, eliminada em Wimbledon.

Foto
Grigor Dimitrov Paul Childs / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
03:33

Grigor Dimitrov foi o primeiro vencedor no quadro masculino da 137.ª edição do torneio de Wimbledon. O actual 10.º do ranking teve de recuperar de 1-4 no terceiro set, para eliminar Dusan Lajovic, por 6-3, 6-4 e 7-5, e avançar para a segunda ronda nesta sua 14.ª presença na etapa britânica do Grand Slam.

Dimitrov até se dá bem na relva de Wimbledon, tenho sido semifinalista em 2014. Semanas antes, tinha ganho o torneio de Queen’s e, no All England Club, derrotou Andy Murray, que defendia o título, antes de perder com Novak Djokovic em quatro sets. Tinha 23 anos e era namorado de Maria Sharapova. Desde aí, o búlgaro só chegou à segunda semana do torneio por duas vezes.

“Tenho trabalhado muito nos últimos anos e nunca se sabe quando vamos colher os resultados. Estou muito grato por estar onde estou e valorizo todos os encontros que faço, quer ganhe ou perca. Perder dói mais agora do que há 10 anos, por isso, não quero perder”, brincou Dimitrov, que perdeu somente quatro dos pontos disputados com o primeiro serviço.

O primeiro a vencer nesta edição no court central do All England Club foi Carlos Alcaraz, que iniciou a defesa do título afastando

Mark Lajal (269.º), por 7-6 (7/3), 7-5 e 6-2. Pouco depois, seria o líder do ranking, Jannik Sinner, a sentir dificuldades e a ceder um set, mas a vencer Yannick Hanfmann (110.º), por 6-3, 6-4, 3-6 e 6-3.

Daniil Medvedev (5.º) nunca perdeu no court n.º 1 do All England Club e a última vítima foi Aleksandar Kovacevic (88.º), que cedeu por 6-3, 6-4 e 6-2. “No ano passado, infelizmente, tive de disputar as meias-finais no court central e perdi”, recordou Medvedev, após somar a 230.ª vitória no circuito masculino desde o início de 2020; um máximo nesta década.

Já Nuno Borges estreia-se esta terça-feira, às 11 horas, defrontando no court n.º 6, o japonês Yoshihito Nishioka (102.º).

No torneio feminino, destaque para o enorme sorriso de Emma Raducanu, após somar a primeira vitória em Wimbledon desde 2022, a última vez que participou no torneio –, onde despontou, um ano antes, ao atingir os oitavos-de-final.

Depois de três cirurgias, a campeã do US Open em 2021 voltou a dar uma alegria aos compatriotas britânicos, vencendo Renata Zarazua (98.ª), por 7-6 (7/0), 6-3. “Estava nervosa e acho que todos o puderam ver, mas no final do dia temos de fazer o que é necessário para chegar ao fim. Sinceramente, depois de ver o jogo de futebol de ontem, em que ganhámos jogando mal, tudo conta”, brincou Raducanu, referindo-se à difícil vitória da Inglaterra no Campeonato da Europa.

A maior surpresa foi protagonizada por Lulu Sun, que eliminou a número oito e finalista no último Open da Austrália, Zheng Qinwen, por 4-6, 6-2 e 6-4. Vinda do qualifying – onde salvou um match-point na segunda eliminatória, que ganhou por 10/6 no tie-break do set decisivo –, Sun obteve a sua primeira vitória sobre uma adversária do top 50 e tornou-se na primeira neo-zelandesa desde 2016 a vencer num Grand Slam.

Com a eliminação da tenista chinesa e a desistência de Aryna Sabalenka (3.ª), lesionada no ombro, a principal candidata a chegar às meias-finais naquela secção do quadro é agora Maria Sakkari (9.ª).

Sugerir correcção
Comentar