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Maré negra em Singapura: as imagens da limpeza do derrame de petróleo
Um derrame de petróleo no sul de Singapura espalhou-se por outras áreas da ilha e está a ameaçar uma reserva marinha.
As autoridades de Singapura iniciaram as operações de limpeza de uma maré negra que está a atingir parte da costa sul e que suscita preocupações com a vida selvagem, na sequência de um embate de uma draga num cargueiro. A draga Vox Maxima, com bandeira dos Países Baixos, embateu na tarde de sexta-feira no navio de abastecimento de combustível Marine Honor, de Singapura, danificando-lhe o tanque de carga e causando um derramamento de petróleo no mar.
No sábado, em comunicado, a Autoridade Marítima e Portuária de Singapura referiu que o derramamento de combustível do navio tinha sido contido e que o combustível que vazou do tanque danificado foi tratado com dispersantes. Porém, devido à corrente das marés, o combustível tratado espalhou-se ao longo da costa, incluindo a turística ilha de Sentosa, e outras ilhas na costa sul, uma reserva natural e um parque público.
Parte da praia no parque público e na reserva natural foi encerrada para facilitar os esforços de limpeza, adiantaram as autoridades. A praia de Sentosa vai estar aberta ao público, mas com restrições, não sendo permitidas actividades no mar.
Especialistas em conservação e biólogos estão a monitorizar a extensão total dos danos causados à vida marinha e selvagem. O grupo local de conservação "Marine Stewards" afirmou que há imagens de peixes mortos, lontras e guarda-rios cobertos pela mancha de petróleo. Foi observada uma mancha de petróleo nas águas que rodeiam o Sister's Islands Marine Park, uma zona marinha protegida com 400.000 metros quadrados, acrescentou o comunicado.
Segundo noticiou a Reuters nesta segunda-feira, as autoridades disseram que o navio já não estava a derramar petróleo.
Singapura é um centro mundial de transporte marítimo e de abastecimento de combustível. O impacto ambiental do derrame de petróleo ainda não é claro, mas o jornal local The Straits Times informou que os pescadores estavam em alerta para um aumento do número de mortes de peixes nos próximos dias.
Andrew Dixon, que gere uma estância turística sustentável a menos de uma hora de Singapura, disse que derrames de petróleo desta dimensão são raros e que as autoridades precisam de aplicar sanções duras "em torno deste tipo de coisas para que não aconteçam". "É simplesmente criminoso", acrescentou. Lusa e Reuters